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Brasil O Conselho da Caixa Federal quer afastar em definitivo os quatro vice-presidentes suspeitos de corrupção. A volta dos dirigentes aos cargos poderá comprometer a imagem do banco

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O relatório investiga eventuais irregularidades cometidas pelo presidente da Caixa. (Foto: Agência Brasil)

A tendência do atual Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal é de não reconduzir nenhum dos quatro vice-presidentes do banco que foram afastados de seus cargos por 15 dias. São eles: Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo), Antônio Carlos Ferreira (área Corporativa) e José Henrique Marques da Cruz, chefe da área de Clientes, Negócios e Transformação Digital.

Integrantes do colegiado disseram que o propósito é destituir definitivamente todos os executivos citados em investigações do Ministério Público Federal. A avaliação deles é de que a volta de dirigentes sob suspeita compromete a imagem do banco, que passa por um momento delicado, de ajuste às novas regras internacionais de solidez bancária.

Além disso, a eventual manutenção dos dirigentes poderia motivar ações do Banco Central e da Procuradoria da República no Distrito Federal, que recomendaram as exonerações.

A Lei 4.595, de 1964, que dispõe sobre as instituições financeiras, prevê que diretores de bancos públicos devem ter reputação ilibada, não podendo pesar contra eles notícias de envolvimento em corrupção e em casos de ingerência política na gestão, como ocorreu no caso da Caixa.

Investigação interna

Partiu do próprio Conselho a iniciativa de estimular investigações internas do banco, que indicaram possíveis irregularidades na gestão e em operações da instituição. O afastamento dos vices foi anunciado pelo presidente Michel Temer na terça-feira, por recomendação do BC (Banco Central), com base em investigações da PF (Polícia Federal) e do MPF (Ministério Público Federal).

Após a decisão, o governo informou que o novo estatuto do banco deve ser aprovado já nesta sexta-feira. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que a atribuição de nomear e exonerar vice-presidentes deixará de ser do presidente da República e passará a ser do Conselho de Administração.

O documento prevê a necessidade de tornar objetiva a escolha dos 12 vices da Caixa. Atualmente, quase todos são apadrinhados de partidos políticos.

Passo-a-passo

Em ofício enviado a Temer, os procuradores responsáveis pela Operação Greenfield alertaram que ele poderia ser responsabilizado, na esfera cível, por ilícitos que eventualmente viessem a ser cometidos pelos atuais vice-presidentes da Caixa.

Em dezembro, os procuradores responsáveis pelas investigações enviaram uma recomendação à Presidência da República e à Caixa, solicitando que todos os 12 vice-presidentes do banco fossem demitidos. Quatro deles estão na mira da PF.

O pedido de substituição dos vice-presidentes, segundo o MPF, foi motivado pela “existência de diversas figuras proeminentes na administração da Caixa em casos investigados e/ou alvos de investigações, bem como a perene influência política sobre funções que deveriam ser essencialmente técnicas”.

No dia 8, a Casa Civil e a presidência da Caixa informaram que rejeitariam a recomendação do MPF. Diante da negativa do governo em seguir a recomendação, os procuradores enviaram um novo ofício, datado do dia 11, reiterando o pedido. No documento, a força-tarefa da Greenfield afirmava que o prazo final para o acolhimento da recomendação seria 26 de fevereiro.

No dia 10, um dia antes de o ofício do MPF ter sido enviado a Temer, o diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio Neves de Souza, encaminhou à secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi (que também preside o Conselho de Administração da estatal), uma recomendação do banco para que os vice-presidentes da Caixa fossem substituídos.

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https://www.osul.com.br/conselho-da-caixa-quer-afastar-vice-presidentes-definitivamente/ O Conselho da Caixa Federal quer afastar em definitivo os quatro vice-presidentes suspeitos de corrupção. A volta dos dirigentes aos cargos poderá comprometer a imagem do banco 2018-01-17
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