Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2017
A princípio, a ideia é ótima: ter uma máscara 3D do seu rosto pode fazer um personagem se parecer tanto com você a ponto de mudar a jogabilidade de um game, por exemplo. Mas os especialistas em segurança virtual estão céticos após a Apple declarar que alguns dos dados utilizados no reconhecimento facial que o novo iPhone X oferece estarão acessíveis a milhares de desenvolvedores de aplicativos.
Os termos do contrato para o acesso aos dados colocam que é necessário o prévio consentimento do usuário e que é vetada a venda dessas informações a terceiros, mas isso não parece ser o suficiente para garantir a segurança, segundo os grupos American Civil Liberties Union e Center for Democracy and Technology, que atuam nos Estados Unidos da América preocupados com a defesa dos direitos de privacidade e segurança em tecnologia.
A Apple, entretanto, assegura que os dados que ficarão disponíveis aos desenvolvedores de apps não são suficientes para realizar o desbloqueio do aparelho, pois para isso seria necessária uma representação matemática da face humana real, não apenas um mapa visual de um determinado rosto.
A preocupação geral acerca do uso das informações de reconhecimento facial não gira em torno da possibilidade de monitoramento de civis por parte dos governos, uma vez que essa já é uma realidade consumada nas grandes cidades. Em Berlim, por exemplo, a tecnologia é usada desde o mês passado para auxiliar na investigação criminal.
O medo do Big Brother está mais voltado para as possíveis ações invasivas na área da publicidade, uma vez que o software usado pela tecnologia permite o reconhecimento de expressões faciais feitas pelo usuário ao acessar conteúdos, o que pode ser informação valiosa na mão (ou no banco de dados!) das grandes agências de marketing.
Vídeo com tour
A Apple publicou um vídeo em seu canal no YouTube fazendo um “tour” por todos os recursos que o iPhone X traz, incluindo o Face ID, Animojis, Portrait Lightning e novos gestos de navegação.
O vídeo faz questão de ressaltar a ausência do botão “Home” físico, mostrando como ficou fácil alternar entre aplicativos sem o botão. Depois, dá uma passadinha pela nova Central de Controle, demonstra o 3D Touch, mostra a nova Central de Notificações, indica como acessar a câmera rapidamente, e mais.
Ainda não disponível no Brasil, o iPhone X tem 64 ou 256 GB de capacidade, tela OLED Super Retina HD de 5,8 polegadas com 3D Touch, processador A11 Bionic, 3 GB de RAM, câmeras de 12 MP com lentes grande-angular e teleobjetiva, câmera frontal de 7 MP com Modo Retrato, Face ID, Wi-Fi, Bluetooth, NFC e bateria que dura até 12 de uso na internet, equipada com recarga rápida.