Esporte Depois de Messi, agora Neymar também aparece em mensagem do Estado Islâmico com ameaça de ataque na próxima Copa do Mundo
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2017
Após divulgar na semana passada uma foto do craque argentino Lionel Messi (Barcelona) em mensagem com ameaça de ataque terrorista à Copa do Mundo de 2018, que acontecerá na Rússia, uma facção ligada ao grupo terrorista Estado Islâmico divulgou uma nova imagem, desta vez incluindo o brasileiro Neymar (Paris Saint-Germain).
A divulgação foi feita pelo SITE Intelligence Group, portal que monitora a atividade dos jihadistas na internet, e compartilhado pelo site de notícias iraniano YJC. Por meio de uma montagem, a cena reproduzida no material faz ma alusão direta aos episódios de degolamento de reféns estrangeiros ao longo dos últimos anos.
Ao lado do brasileiro, que está de joelhos e com uma roupa laranja, prestes a ter o seu pescoço cortado. Ao seu lado, Messi aparece deitado, já sem vida.
“Vocês não terão segurança até que a gente possa viver isso nos países muçulmanos”, ressalta a ameaça. Ao longo dos últimos dias, a propaganda do Estado Islâmico com alusões a possíveis atentados durante o Mundial tem aumentando, de acordo com o próprio Intelligence Group.
Por conta disso, o diário argentino “Olé” veiculou diversas matérias em que dirigentes e autoridades manifestam grande preocupação no que se refere à segurança de Messi e da delegação argentina antes, durante e depois da Copa.
De acordo com o jornal local e outros espalhados pelo mundo, como o inglês “The Sun”, um esquema especial de proteção já está sendo preparado para os atletas, em colaboração com as autoridades russas, já que serão disputados dois amistosos no país-sede da Copa, no mês que vem.
O embaixador da Rússia na Argentina, Viktor Koronelli também foi chamado para conversar sobre o assunto com dirigentes da Afa (a associação de futebol do país).
Antecedentes
Esta não é a primeira vez que facções ligadas ao Estado Islâmico fazem ameaças à Copa do Mundo. No dia 20 deste mês, a Wafa Media Foundation, espécie de porta-voz do grupo terrorista, já havia divulgado um pôster no qual um homem aparece armado de fuzil, observando o estádio Luzhniki, em Moscou, que receberá partidas da competição.
Na mensagem, uma frase não deixa dúvidas: “Inimigos de Alá na Rússia, eu juro que o fogo dos mujahideen (combatentes que sacrificam as próprias vidas em nome da religião e da promessa que terão uma recompensa no paraíso) queimará vocês. Apenas esperem”.
Ainda em outubro, o Wafa publicou um artigo em que estimulava a realização de ataques por parte dos chamados “lobos solitários” no Ocidente, ou seja, indivíduos ou grupos sem vinculações a movimentos específicos. O texto mencionou o recente tiroteio em massa em Las Vegas (EUA), que matou 59 pessoas e feriu mais de 500 pessoas.
Em julho, o Intelligence Group denunciou que o Estado Islâmico teria planejado cometer ataques terroristas durante o torneio de tênis de Wimbledon (Inglaterra), nos mesmos moldes do atentado que deixou 22 mortos em um show da cantora Ariana Grande na cidade britânica de Manchester, em maio.
A última ameaça do Estado Islâmico aconteceu na última segunda, quando Messi apareceu atrás das grades, com roupa de prisioneiro e um dos olhos sangrando, ao lado da frase “Você está lutando contra um Estado que não tem ‘fracasso’ em seu dicionário”.
