Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Petrobras, Shell e Ipiranga dominam mais de 70% de distribuição dos combustíveis no Brasil – e a petroleira também controla 90% da fabricação, daí definir preços que saem da refinaria e impactam nos postos. O trio de distribuidoras aumenta o preço até chegar às bombas de suas próprias redes – além de os postos ainda adicionarem centavos preciosos no valor final.
Cedendo ao lobby das três grandes, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) tem culpa na praça. O artigo 11 da Portaria 116 da ANP, de junho de 2000, vetou a comercialização de produtos de diferentes varejistas nas bombas. Até 1998, os postos podiam comprar de várias distribuidoras, escolhendo a que fizesse melhor preço. Agora, o poderoso trio controla o mercado e o preço. Aos holofotes, as empresas silenciam sobre o assunto.
Poder da bomba
Em 2017, a Shell, a Ipiranga e a Petrobras venderam quase 100 bilhões de litros de combustíveis em seus 25 mil postos no País.
Tudo em casa
O negócio é tão lucrativo que as empresas se confundem. A Ipiranga é propriedade do consórcio entre Petrobras, Ultra e Braskem – a petroquímica dos Odebrecht.
Do seu bolso
Só a Petrobras, a Shell e a Ipiranga faturaram ano passado, juntas, perto de R$ 172 bilhões com a venda de combustíveis. O lucro líquido das três ultrapassou R$ 7,4 bilhões.
Segredo do cartão
O tempo promete ficar carregado na CPI dos Cartões de Crédito. Sem resposta concreta até agora para a cobrança abusiva de juros por parte das operadoras, o presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), vai pedir a quebra de sigilo bancário e telefônico dos principais representantes do setor.
Brasil-Paraguai
A interface do governo brasileiro com o do Paraguai é tamanho que o presidente eleito paraguaio, Mario Abdo, o “Marito”, nem tomou posse e já teve agenda oficial com o chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do Planalto, general Sérgio Etchegoyen. O xerife do governo federal ajudou o atual presidente, Horacio Cartes, a criar o serviço secreto do país hermano.
Choro de Azeredo
Tucanos próximos do ex-governador mineiro Eduardo Azeredo insistiram para que trocasse de advogado em seu processo, mas o tucano só o fez às portas do camburão. Azeredo se sente injustiçado. Talvez porque só ele foi condenado em um esquema no qual não agiu sozinho.
Procura-se
Senhor Walfrido dos Mares Guia, coordenador da campanha de reeleição de Azeredo em 1998: ele precisa de seu apoio moral. Cadê você?
Escolha de Meirelles
Um vídeo de três minutos que circula nas redes sociais, mostrando um lado mais humano e menos técnico do ex-ministro Henrique Meirelles, marca a estréia do marqueteiro escolhido a dedo pelo candidato. Trata-se de Chico Mendez, que trabalhou para Henrique Caprilez na Venezuela e elegeu Fernando Pimentel em Minas.
Termômetro
Semanas antes do anúncio oficial da pré-candidatura de Meirelles, o presidente Michel Temer e a cúpula do MDB consultaram representantes dos bancos e da indústria para sondar a aceitação ao nome do ex-ministro.
Surpresa
Emedebistas ficaram surpresos ao descobrir que alguns empresários citaram Nelson Jobim como opção para o Palácio do Planalto. A pesquisa informal animou o partido a sondar Jobim para assumir a coordenação da campanha de Meirelles. Resta saber se o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) abrirá mão do pró-labore como sócio do banco BTG Pactual.
CIA…
A senadora Regina Souza (PT-PI) defende “o aprofundamento da apuração dos fatos e documentos” revelados pela CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) sobre a tortura e assassinatos no Brasil durante o regime militar.
… e Comissão da Verdade
A parlamentar preside a Comissão de Direitos Humanos, que realizou um debate sobre o assunto com a participação do ex-presidente da Comissão Nacional da Verdade Cláudio Fonteles, da ativista Iara Xavier, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e do jornalista e pesquisador Eumano Silva.
Jornalismo chora
O Brasil perdeu dois grandes jornalistas. Partiram Ramiro Alves e Manuel Borges Neto. Ambos moravam no Rio de Janeiro. E foram referências para suas gerações, como “professores de redação”, pela vasta experiência. A Coluna se solidariza às famílias e colegas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.