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Mundo Donald Trump faz chamada por guerra às drogas antes da Assembleia Geral das Nações Unidas

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Como Obama, Trump reduz influência no Oriente Médio. (Foto: Reprodução/Instagram)

Antes do início dos discursos de líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será anfitrião de um evento que reforça o endurecimento de seu governo na guerra às drogas. O país preparou um documento de uma página, de nome “Chamada Global para Ação contra o Problema Global das Drogas”, que já foi assinado por ao menos 124 países.

De forma inusual para um evento paralelo à principal reunião da ONU, o documento não foi negociado entre países nem passou por canais normais do órgão: o governo Trump disse que o conteúdo do texto não será debatido e que os líderes signatários poderão posar para foto com o presidente americano.

A “chamada” de Trump aos países fala em “cortar o fornecimento de drogas ilícitas impedindo sua produção, por cultivo ou manufatura, e seu fluxo através de fronteiras”. Há menção a tratamento para viciados em drogas, mas iniciativas de redução de danos, defendidas por parte dos especialistas no tema, não figuram do texto. As punições mais severas aos envolvidos no tráfico de drogas têm sido uma marca do secretário de Justiça de Trump, Jeff Sessions.

Ele rescindiu, por exemplo, uma política da era Obama, que ficou conhecida como “memorando Cole”, pela qual o governo federal, de forma geral, deixaria de buscar condenações relacionadas à maconha nos estados que a legalizaram.

O departamento de Justiça também vem orientando promotores a indiciar traficantes pelo crime mais grave possível nos casos relativos a opioides, diante do aumento do número de mortes causadas por drogas no país nos últimos anos. Em 2018, foram mais de 72 mil mortos por overdose no país.

O apoio de Trump à linha dura contra as drogas também apareceu em discursos do presidente: em março, ele defendeu a pena de morte para traficantes; no ano passado, o presidente elogiou o combate aos traficantes pelo governo do filipino Rodrigo Duterte, que sanciona execuções extrajudiciais de suspeitos de envolvimento com o tráfico.

A retomada da guerra às drogas no governo federal dos EUA vai na contramão das ações de diversos estados americanos, que vêm legalizando a maconha e revertendo condenações antigas relacionadas a entorpecentes.

Os EUA têm 31 estados, mais o Distrito de Columbia e os territórios de Guam e Porto Rico, em que o consumo da cânabis é liberado para fins médicos; dentre estes, em nove estados, mais DC, é permitido também o uso recreativo.

Na contramão do presidente, a maioria dos americanos apoia a descriminalização da droga, segundo pesquisa da Universidade Quinnipiac em abril deste ano: são 63% a favor da liberação para uso recreativo e 93% os que defendem liberação do uso médico.

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