Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará nesta quarta-feira (25) suas primeiras medidas de segurança interna, que incluem a construção de um muro na fronteira com o México – uma das principais promessas de campanha do republicano. “Grande dia planejado sobre segurança nacional”, afirmou Trump em sua conta pessoa no Twitter. “Entre muitas outras coisas, nós vamos construir o muro!”.
O presidente dos EUA deve assinar as ordens executivas em cerimônia no Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês), cujo novo titular, o general reformado John Kelly, teve sua nomeação confirmada pelo Senado na sexta-feira (20).
Ele deve assinar diretrizes sobre imigração, segurança das fronteiras e refugiados, segundo veículos de comunicação americanos, incluindo suspender o programa de refugiados e proibir a entrada de imigrantes de alguns países. A emissora de TV CNN afirma que os países afetados pela proibição de entrada seriam Síria, Líbia, Somália, Irã, Iraque e Sudão.
As ordens executivas estão entre uma série de diretrizes de segurança nacional que Trump considera emitir nos próximos dias, segundo o jornal The New York Times, e incluem a utilização de técnicas de interrogatório “reforçadas”, a manutenção da prisão de Guantánamo – Obama prometeu fechá-la durante seu mandato, mas não cumpriu a promessa – e designar a Irmandade Muçulmana, do Egito, como uma organização terrorista.
A Irmandade Muçulmana chegou a eleger um presidente egípcio, Mohamed Morsi, após a queda do ditador Osni Mubarak. Morsi assumiu o país em 2012, mas foi destituído pelo exército em 2013 e condenado à prisão perpétua mais de uma vez.
A ordem executiva para a construção do muro será assinada no dia em que o ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, chega a Washington para preparar a visita do presidente do país, Enrique Peña Nieto. O mexicano deve se reunir com Trump no final do mês, sendo um dos primeiros líderes mundiais a se encontrar com o novo presidente americano.
Os jornais e redes de televisão americanos citam funcionários sob condição de anonimato, mas não há informações oficiais até o momento. O movimento representa o primeiro esforço de Trump para entregar uma das promessas que impulsionaram sua campanha presidencial, segundo o jornal Washington Post: a crença de que a imigração ilegal está fora de controle e ameaça a segurança do país. (AG)