Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2017
Os donos e dois diretores da joalheria H.Stern fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal do Rio. O acordo já foi homologado pela Justiça, de acordo com informações do Jornal Hoje desta quinta-feira (6). O acordo foi fechado pelo presidente da joalheria, Roberto Stern, o vice-presidente, Ronaldo Stern, o diretor financeiro, Oscar Luiz Goldemberg, e a diretora comercial, Maria luiza trotta. Além da delação, eles vão pagar multas que somam mais de R$ 18 milhões.
Os depoimentos vão servir como base para investigar outros grupos políticos, incluindo também empresários, que lavaram dinheiro através do mercado de joias. Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, e a mulher, Adriana Ancelmo, compraram cerca de 40 peças da H. Stern e gastaram R$ 6,3 milhões – dinheiro de propina, segundo investigadores.
Segundo o MPF, a joalheria aceitou vender as joias sem emitir nota fiscal – o que configura sonegação. As informações que surgirem do depoimento deles vão ser usadas para investigar outras pessoas ou grupos, incluindo políticos e empresários, que usaram o mercado de joias para lavar dinheiro.
A reportagem procurou a H.Stern e a defesa de Adriana Ancelmo, mas as solicitações não foram respondidas. A defesa de Sérgio Cabral não foi encontrada. (AG)