Colunistas Em pauta, o acordo da dívida com a União
Por Redação O Sul | 4 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Por iniciativa do deputado federal Giovani Cherini (PDT), os parlamentares da Bancada Gaúcha Federal estarão reunidos nesta segunda-feira com o governador José Ivo Sartori e secretários de Estado, no Palácio Piratini, para tratar do Projeto de Lei Complementar 257/2016, que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União. A pressa em discutir detalhes do projeto se justifica: ele deve ser votado nesta terça-feira, dia 5.
Offshore cuida das contas de políticos e traficantes
É de grande valia o trabalho realizado pela investigação jornalística Panama Papers, conduzida, há cerca de um ano, em colaboração por 376 jornalistas de 109 veículos em 76 países. A esse trabalho minucioso, sabe-se agora que o escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca está envolvido na operação para acobertar os reais donos do tríplex no Guarujá que pertencia supostamente à família do ex-presidente Lula.
O escritório administra, ao menos, contas de 57 investigados pela Operação-Lava Jato. No acero estão criminosos de vários ramos: políticos e traficantes que realizam transações financeiras ocultas. Ao todo, 128 políticos de todo o mundo são citados na documentação, entre eles o presidente russo Wladimir Putin, que teria desviado dois milhões de dólares, em nome de pessoas próximas, por meio de bancos e empresas fantasmas.
Os documentos revelam que, ao menos, 107 empresas offshore estão ligadas a investigados pela Lava-Jato e que a Mossack Fonseca operou para seis grandes empresas e famílias citadas na operação, como a empreiteira Odebrecht e as famílias Mendes Júnior, Schabin, Queiroz Galvão, Feffer e Walter Faria.
Comícios liberados
O que tem chamado a atenção nos últimos dias é o uso do Palácio do Planalto para a realização de comícios durante atos oficiais. No programa radiofônico A Voz do Brasil, que as emissoras de rádio de todo o país são obrigadas a transmitir compulsoriamente, a programação beira ao delírio, com pautas ostensivas de apoio pessoal à presidente Dilma Roussef no processo de impeachment que vem sendo examinado pela Câmara dos Deputados.
Resposta do PMDB
Sobre a manifestação do prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto da Silva (PDT) publicada nesta coluna, recebemos a seguinte manifestação:
“Caro Flávio Pereira,
A nota publicada hoje sob o título “A opinião do prefeito de Arroio do Sal” causa, no mínimo, estranheza. Primeiramente porque o PMDB gaúcho, como esfera partidária, foi contra as coligações com o PT em nível nacional desde 2002.
Lembro ao prefeito Luciano Pinto da Silva que diferente do nosso partido, a legenda que ele faz parte não apenas esteve junto com a presidente Dilma Rousseff, usufruindo de suas benesses, como ainda faz parte e, pasmem, aderiu ao balcão de negócios proposto pelo PT. É o caso dos recém nomeados superintendente dos Correios no estado, do PDT de Osório, e do vice-presidente nacional da empresa, igualmente do PDT gaúcho.
Talvez o prefeito também não tenha lido a declaração dos próprios deputados gaúchos do seu partido sobre o impeachment – dois contra e um indeciso. Seria para ajudar a dilapidar um pouco mais o patrimônio público e continuar com seus apadrinhados empregados? Ou seria essa a solução ética, política e econômica do PDT para o país?
Atenciosamente,
Juarez S. Nunes – presidente do PMDB em Osório”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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