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Mundo Engenheiro é preso, acusado de roubar segredos de carros sem motorista do Google e dá-los ao Uber

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Anthony Levandowski teria levado segredos do Google para o Uber. (Foto: Reprodução)

O ex-engenheiro do Uber Anthony Levandowski foi preso e acusado, nesta terça-feira (27), de vender segredos de tecnologia de carros sem motorista (autônomos) do Google para a empresa de transporte de passageiros. Os segredos teriam vindo da unidade de veículos autônomos do Google, a Waymo.

O indiciamento de Levandowski, com 33 acusações, anunciado por agentes federais em San José, California, acrescenta num novo capítulo criminal numa das mais renhidas batalhas jurídicas do Vale do Silício. Mesmo depois que Google e Uber fizeram um acordo em meio a um julgamento do caso no ano passado, sobraram perguntas sem respostas sobre o papel do engenheiro no centro da história.

“Todos temos o direito de trocar de emprego. Mas não temos o direito de encher nossos bolsos (com segredos) quando saímos do antigo emprego. Roubo não é inovação”, disse o promotor geral de São Francisco, David Anderson, em entrevista coletiva.

Levandowski, de 39 anos, entregou-se às autoridades e pode pegar uma pena de 10 anos de prisão se condenado.

Segundo o advogado do engenheiro, Miles Ehrlich, ele “não roubou nada de ninguém”. Em nota, Ehrlich disse que a acusação “reavivou alegações que já foram desacreditadas no caso cível que terminou em acordo mais de um ano e meio atrás”.

Especialistas jurídicos especulam há tempos sobre o que os promotores teriam descoberto depois que o juiz responsável pelo caso o encaminhou para novas investigações em 2017 e foram achadas provas e testemunhos muito embaraçoso para o Uber. E-mails e mensagens de texto revelaram uma forte conexão pessoal entre Levandowski e o então diretor executivo do Uber, Travis Kalanick.

No processo cível, a Waymo, do Google, alegou que o engenheiro, quando ainda trabalhava na empresa, bolou um plano com o Uber para roubar mais de 14 mil arquivos proprietários sobre a tecnologia dos carros autônomos, inclusive os designs que permitem aos veículos reconhecer as cercanias por onde trafegam.

Sob a liderança de Kalanick, comprou a Otto LLC (a companhia que Levandowski fundou dias antes de se demitir do Google em janeiro de 2016) por US$ 600 milhões em ações em agosto daquele ano.

Levandowski, então, se tornou diretor do projeto de carros sem motorista do Uber, mas acabou rebaixado e depois demitido, devido à pressão com a ação judicial. Naquele processo, o engenheiro não era listado como réu, e se negou a responder a perguntas do Google. Também se recusou a testemunhar ou entregar documentos, citando seu direito constitucional contra autoincriminação.

A prisão e indiciamento de Levandowski, agora, deve ressuscitar o interesse no papel que Kalanick pode ter desempenhado na história do roubo. Afinal, o ex-diretor executivo do Uber recrutou o engenheiro enquanto ele ainda estava no Google, e o processo original comprovou a intimidade entre os dois, inclusive em longos passeios para engendrar o plano de roubar os segredos.

Durante todo o processo original, o juiz William Alsup disse que parecia “muitíssimo claro” que Levandowski pegara arquivos confidenciais do Google, mas que não havia evidência flagrante de que o Uber usara as informações.

O Uber disse em comunicado que vem cooperando com a investigação do governo “e continuará a fazê-lo”.

A Waymo, do Google, afirmou em nota que “sempre acreditamos que a competição deve ser alimentada pela inovação, e apreciamos o trabalho da Promotoria Geral dos EUA e do FBI neste caso”.

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https://www.osul.com.br/engenheiro-e-preso-acusado-de-roubar-segredos-de-carros-sem-motorista-do-google-e-da-los-ao-uber/ Engenheiro é preso, acusado de roubar segredos de carros sem motorista do Google e dá-los ao Uber 2019-08-27
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