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Mundo Entenda as pistas que podem explicar por que os aviões Boeing Max caíram na Etiópia e na Indonésia

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O acidente que matou as 157 pessoas a bordo do voo 302 da Ethiopian Airlines acendeu um alerta mundial sobre a segurança do modelo Boeing 737 MAX 8. (Foto: Reprodução)

O acidente que matou as 157 pessoas a bordo do voo 302 da Ethiopian Airlines no último domingo acendeu um alerta mundial sobre a segurança do modelo Boeing 737 MAX 8. O modelo de aeronave era o mesmo na queda de um voo da Lion Air, na Indonésia, em outubro último. A prioridade dos investigadores, neste momento, é descobrir o que provocou o novo acidente e, também, se há alguma correlação com o caso do ano passado. Entenda quais são as pistas que deverão guiar os especialistas para comparar estas duas tragédias ainda sem explicação. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

Minutos de voo

Um dos fatos que mais chama a atenção é que os dois aviões tenham caído com poucos instantes de voo, logo após a decolagem. O voo da Ethiopian Airlines permaneceu no ar por apenas seis minutos antes da queda sobre o solo. O piloto chegou a reportar que estava passando por problemas e pedir para retornar à pista de decolagem. Segundo o monitor Flightradar24, o avião registrou velocidade vertical instável.

Já o voo da Lion Air durou 12 minutos e, em seguida, o avião mergulhou no mar de Java, no que foi o acidente mais fatal envolvendo um Boeing 737 – a aeronave mais vendida na História da aviação. O avião já havia voado por 800 horas em serviço comercial, incluindo em viagens internacionais. O mesmo vale para o caso etíope, uma vez que o Boeing que caiu tinha 1.200 horas de voo e havia apenas voado de Joanesburgo a Adis Abeba.

Em artigo de 2017, o piloto aposentado da Força Aérea americana explica que 48% de todos os acidentes fatais desde 1959 até aquele ano haviam ocorrido na fase final do voo ou, então, na aterrissagem. Enquanto isso, só cerca de 13% dos desastres tinham sido registrados na decolagem ou nos primeiros momentos no ar. Logo, a coincidência entre os casos da Etiópia e da Indonésia chama a atenção de muitos especialistas da área.

Aviões novos

As aeronaves que caíram haviam sido recentemente entregues às companhias operadoras. A Ethiopian Airlines informou que o Boeing havia sido recebido em 15 de novembro último e passado por uma “rigorosa verificação de segurança” em 4 de fevereiro.

Já no voo da Lion Air, o avião utilizado era ainda mais recente, tendo operado entre 15 de agosto e 29 de outubro de 2018, o dia do acidente. Em geral, as unidades do Boeing 737 MAX 8 são relativamente recentes, uma vez que o modelo foi lançado em 2017 como uma versão tecnologicamente mais avançada, com menor consumo de combustível, do popular 737.

À época do acidente na Indonésia, o analista de aviação Gerry Soejatman explicou à rede BBC que, normalmente, aviões antigos têm maior chance de sofrer algum tipo de problema; entretanto, é possível também que haja reparos a serem feitos nos primeiros três meses de uso de uma aeronave. O avião da Lion Air, por exemplo, estava a poucos dias de completar este tempo de operação.

Possível problema em software

Os motivos que provocaram a queda do avião da Lion Air em 2018 não foram perfeitamente esclarecidos pela investigação iniciada imediatamente após o acidente por autoridades indonésias e americanas. Entretanto, uma das suspeitas é que tenha havido um problema num software recém-atualizado da Boeing. Ao invés de evitar que a aeronave parasse de se mover, o dispositivo poderia ter provocado uma queda abrupta, sem permissão dos pilotos, por conta de um erro de transmissão de informações.

O jornal The New York Times explica que sindicatos de pilotos disseram não ter sido orientados sobre a mudança no sistema de controle. O acidente da Indonésia já havia provocado a polêmica, gerando um debate sobre a influência deste fator, nunca oficialmente confirmada, na tragédia.

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