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Brasil Exonerado, ex-chefe da Funai agora ataca o governo e fala em “ditadura”

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Antonio Costa, ex-presidente da Funai, recebe militantes indígenas. (Foto: Mario Vilela/Funai)

Com a sua exoneração publicada no “Diário Oficial” dessa sexta-feira (5), o ex-presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) Antonio Fernandes Costa convocou uma entrevista coletiva na frente do prédio do órgão, em Brasília, para anunciar que “ingerências políticas” do líder do governo na Câmara, André Moura (PSC), levaram à sua queda e que a fundação “vive uma ditadura”.

“O povo brasileiro precisa acordar, o povo brasileiro está anestesiado. Nós estamos prestes a se instalar nesse país uma ditadura que a Funai já está vivendo. Uma ditadura que não permite ao presidente da Funai executar as políticas institucionais. Isso é muito grave. O povo brasileiro precisa acordar”, declarou.

Costa acusou o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), de “estar sendo ministro de uma causa”, em referência ao agronegócio. Serraglio foi membro da bancada ruralista no Congresso e foi relator de uma proposta de emenda à Constituição que retira do Executivo a autonomia para demarcar terras indígenas.

“O ministro é um excelente deputado, mas ele não está sendo ministro da Justiça, ele está sendo ministro de uma causa que ele defende no Parlamento. E isso é muito ruim para as políticas brasileiras, principalmente para as minorias. Os povos indígenas precisam de um ministro que faça justiça, e não de um ministro que venha pender para um lado, isso não é papel de ministro, [privilegiar] o lado que ele defende, que ele sempre defendeu na Câmara dos Deputados”, disse o ex-presidente da Funai.

O ex-presidente disse que a bancada ruralista “não só assumiu o controle das questões indígenas, mas também do Congresso Nacional”.

Reportagem da Folha de S.Paulo publicada no último dia 2 mostrou que o ministro teve sua agenda oficial dominada por ruralistas e alvos da Lava-Jato. Foram cem audiências com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária e com políticos investigados.

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