Colunistas Governo Sartori abre nova frente de críticas dos servidores
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Além da ameaça de parcelamento dos salários de outubro, feita poucos dias antes da data prevista para o pagamento, o governo de José Ivo Sartori abriu uma outra frente que começa a provocar tensões junto aos servidores: a especulação de que poderá congelar os reajustes deixados pelo ex-governador Tarso Genro para os servidores da Segurança Pública e que vigoram até o ano de 2018.
Base intranquila
Entre deputados dos partidos da base aliada, é cada vez mais visível o desconforto diante destas especulações que minam suas bases políticas e das quais não têm qualquer informação oficial do Palácio Piratini.
Novamente a redução das RPVs
É nesse clima que o governo pretende colocar hoje em votação e aprovar em plenário o projeto que reduz o limite de pagamentos das RPVs (requisições de pequeno valor) dos atuais 40 salários (R$ 31,5 mil) para sete salários mínimos (R$ 5,5 mil). O governo vê nesse projeto uma forma de reduzir a instabilidade causada pelas requisições judiciais determinadas por juízes de primeiro grau, junto ao cofre do Tesouro do Estado, que retiram a previsão da Fazenda para a liquidação de outras despesas.
A novela do processo contra o deputado Baségio
A Comissão de Constituição e Justiça terá pela frente hoje, novamente, a votação do relatório que prevê para o deputado Diogenes Baségio (PDT), como única alternativa, a perda do mandato, embora o regimento interno do Legislativo inclua uma gradação de sanções que foram ignoradas pelo autor do relatório, o corregedor Marlon Santos. Marlon, ex-deputado da Frente Liberal, responde no Tribunal de Justiça a processo no qual é acusado de apropriar-se de parte dos salários dos seus servidores. Assustados pela pressão de alguns setores da mídia, alguns deputados querem votar o relatório, deixando de lado a possibilidade de rejeitá-lo e permitir que outro relatório, com a previsão legal adequada, seja elaborado e votado. O problema é que a única imputação feita a Baségio – manter servidor atuando no interior, sem o controle do horário de trabalho – é prática comum entre a esmagadora maioria dos seus pares na Assembleia Legislativa.
ABPA rechaça crítica a embutidos
A espalhafatosa divulgação feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde), vinculando o consumo de alimentos processados ao câncer, mereceu ontem uma nota da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), presidida pelo ex-ministro gaúcho Francisco Turra. A nota rechaça a ideia propagada pela OMS e sustenta que “ainda que diversos fatores influenciam a ocorrência da doença em questão, como genética, hábitos alimentares, tipos de dieta e outros. Neste sentido, não é possível apontar um único elemento como causador do problema”. Por fim, a ABPA destaca que os produtos da suinocultura e da avicultura do Brasil “são seguros e compatíveis com uma dieta saudável e equilibrada”.
Bancada do PT diz que RS recebeu mais de R$ 67,3 milhões do governo federal
Segundo dados da bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa trazidos a esta coluna, o governo federal repassou, no último mês, o valor de R$ 67.634.469,70 para o Rio Grande do Sul. Os repasses foram realizados para o governo do Estado, prefeituras, rede metrológica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), 222 municípios e para diversas organizações. O governo do Estado foi beneficiado, segundo a informação, através de convênios firmados com o governo federal, com a quantia de R$ 2.484.270,23 em outubro. Dos oito convênios, três são com a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Estado e têm como foco crianças e mulheres.
Rejeição a presidenciáveis
A pesquisa do Ibope, apontando elevada rejeição a três hipotéticos candidatos à Presidência da República: Lula, Aécio Neves e José Serra, aponta para duas tendências: nenhum dos nomes da oposição tira proveito do desgaste de Lula e do Partido dos Trabalhadores e, de um modo geral, o eleitorado está se afastando de candidatos que flertam com a esquerda. No caso de Aécio, o fato de ter insistido para que seu vice na recente eleição fosse o senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-motorista e segurança de Carlos Marighela, parece tê-lo contaminado na rejeição do eleitorado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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