Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2015
Uma inovadora e chamativa campanha de publicidade utiliza exames de DNA para identificar quem suja as ruas de Hong Kong e expor seus retratos em lugares públicos para corrigir esse comportamento.
“A cara do lixo” é o nome da iniciativa, liderada pela ONG Hong Kong Cleanup, em parceria com as revistas “Ecozine” e “Nature Conservancy”, que monopolizou a atenção de milhões de pessoas em todo o mundo por meio das redes sociais.
A campanha foi idealizada e executada por uma empresa de publicidade local em parceria com a NanoLabs Parabon, empresa de biotecnologia dos Estados Unidos especializada em análise de DNA.
O primeiro passo consistiu em recolher objetos do lixo, como pontas de cigarro, preservativos e chicletes, nos quais é possível extrair amostras de DNA, para tentar identificar os infratores anônimos.
Os resíduos foram enviados ao laboratório americano onde, por meio de uma análise detalhada, foi possível criar um perfil das pessoas que os jogaram, incluindo detalhes como o tom de pele, a cor de olhos e cabelos, a forma do rosto e a ascendência étnica.
Tudo isso por meio de um sistema denominado SnapShot, que é capaz de ler dezenas de milhares de variantes genéticas de cada amostra. Apesar destes testes não mostrarem detalhes como a idade, foi possível estimá-la ao relacionar o tipo de lixo examinado e onde tinha sido recuperado.
Os retratos estão sendo exibidos em marquises de ônibus e estações de metrô de Hong Kong, em uma tentativa de apelar ao sentimento de vergonha pública das pessoas para evitar que cometam mais infrações deste tipo. No entanto, os rostos mostrados na campanha foram de uma dúzia de voluntários. (AG)