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Brasil “Meu silêncio nunca esteve à venda”, disse o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha à Polícia Federal

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O ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou nesta quarta-feira (14), em depoimento à PF (Polícia Federal), ter recebido dinheiro da JBS para se manter em silêncio sobre supostos casos de interesse da Operação Lava-Jato. O peemedebista foi interrogado na Superintendência da PF, na cidade de Curitiba, no Paraná, no inquérito que investiga o presidente Michel Temer no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa com base em revelações da delação dos donos da JBS.

Segundo o advogado de Cunha, Rodrigo Sanchez Rios, o seu cliente disse de “forma firme” que “o silêncio dele nunca esteve à venda” e que nunca foi procurado por Temer ou por algum interlocutor do presidente como uma tentativa de evitar que ele colaborasse com a Operação Lava-Jato. “Ele refutou categoricamente”, reforçou o advogado.

Cunha não é formalmente investigado no processo, mas foi citado na embaraçosa conversa travada entre o dono da JBS, Joesley Batista, e o presidente, na noite do dia 7 de março no Palácio do Jaburu – o empresário gravou secretamente o diálogo e depois o entregou à PGR (Procuradoria-Geral da República) como parte do acordo de delação premiada. Na ocasião, o executivo disse que havia “zerado as pendências” e que estava “de bem” com Cunha. Temer, então, responde: “É, tem que manter isso, viu?”.

Na gravação, Joesley conta que está agindo para manter boas relações com Eduardo Cunha e o doleiro Lucio Funaro. Em depoimento posterior, Joesley relatou que pagou 400 mil reais a Funaro para que ele e Cunha não contassem as irregularidades que conheciam da JBS e de integrantes do PMDB como Temer.

O empresário afirmou à Procuradoria-Geral da República que pagou 5 milhões de reais ao peemedebista.

Temer disse que Joesley era um “falastrão” e por isso não teria levado a sério a conversa que teve com o empresário num porão do Palácio do Jaburu, a residência do presidente.

O presidente nega que tenha dado aval a Joesley para manter os repasses ao seu ex-aliado, conforme interpretou os investigadores pela conversa acima. A sua defesa também contesta a integridade do áudio, que passa por uma perícia da PF que ainda não foi concluída.

O advogado de Cunha afirmou que os delegados da PF fizeram 47 perguntas ao deputado cassado – todas enviadas pela unidade de Brasília. Cerca de metade delas se referia aos pagamentos da JBS e a outra metade ao suposto esquema de desvios na Caixa Econômica Federal. Sobre este segundo caso, o deputado teria se recusado a responder às questões.

Preso desde outubro do ano passado, Cunha já foi condenado a 15 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas numa ação relacionada a pagamento de propina na compra de um campo petrolífero na África pela Petrobras. Ele estava preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Grande Curitiba, e foi deslocado até a sede da PF para prestar depoimento.

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