Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Militares dos Estados Unidos se juntam a tropas brasileiras em exercícios na Amazônia

Compartilhe esta notícia:

AmazonLog 2017 é um exercício de logística multinacional. (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Membros das forças militares dos Estados Unidos participam nesta semana da maior operação militar internacional já feita dentro da Amazônia, em um sinal de laços de Defesa mais próximos entre EUA e Brasil.

Tropas de Brasil, Colômbia e Peru irão estabelecer uma base militar temporária na região fronteiriça entre os três países para uma semana de exercícios de logística em assistência humanitária e auxílio de desastres, disseram autoridades militares brasileiras.

Cerca de 50 militares dos EUA estarão presentes para o exercício, incluindo 19 observadores e 31 membros da Guarda Aérea Nacional de Montana, que estarão em Manaus fornecendo transporte aéreo, segundo comunicado da embaixada dos EUA.

Os Estados Unidos irão providenciar um avião de transporte Hercules C-130 para transportar pessoas e equipamentos, segundo as Forças Armadas do Brasil.

A presença de membros das forças militares dos EUA na região brasileira da Amazônia destaca melhoria nas relações de Defesa entre os dois países mais populosos do hemisfério ocidental após mais de uma década de distanciamento creditada a governos de esquerda no Brasil.

Em março, o então chefe do Exército Sul dos EUA, major general Clarence K.K. Chinn, visitou instalações militares na Amazônia e foi condecorado em Brasília. Acordos bilaterais sobre cooperação de Defesa e segurança de informação entraram em vigor recentemente após anos de estagnação no Congresso brasileiro.

O comandante logístico do Exército brasileiro, general Guilherme Gaspar de Oliveira, disse à mídia local que foi a primeira vez que um exercício militar tão grande foi realizado na Amazônia. Ele afirmou que exercícios ajudaram a preparar as forças armadas para uma crise humanitária como imigração em massa.

O Brasil tem mantido um olhar atento à crise econômica e agitações políticas na vizinha Venezuela, que podem causar tal êxodo. Mais de 30 mil venezuelanos já fugiram pela fronteira para o Estado de Roraima, de acordo com a Polícia Federal.

O Exército brasileiro informou que a Venezuela é um dos 19 países enviando observadores para a chamada Operação América Unida, de 6 a 13 de novembro.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, irá comparecer aos exercícios na Amazônia no fim de semana e então viajar a Washington para três dias de conversas com autoridades do Pentágono, segundo sua assessoria de imprensa.

Troca de informações

O representante do Exército dos EUA, coronel Truax, reafirmou a missão dos militares de seu país. Eles participarão do exercício com uma aeronave . Segundo disse, depois da atuação conjunta na ajuda às vítimas do terremoto do Haiti, em 2010, houve a intenção de estreitar a troca de informações visando uma melhor coordenação de esforços em caso de nova ação conjunta.

“A nossa experiência é que o Exército do Brasil facilitou muito a chegada e a disposição de recursos de ajuda humanitária, especialmente nas primeiras horas para resposta internacional. Por isso, quando recebemos o convite para estar aqui no Brasil, não importa o lugar, na Amazônia ou em Porto Alegre, dissemos que queríamos estar mais preparados para incrementar a nossa interoperabilidade para quando acontecer a necessidade de atuar juntos em ações humanitárias, assim como com os colombianos e peruanos também”, disse Truax.

Durante a entrevista, o general Guilherme Cals reafirmou que o objetivo do evento é criar diretrizes para socorro a vítimas em caso de catástrofes na região da tríplice fronteira amazônica. Serão realizadas simulações, atendimento a vítimas de incêndios florestais, terremotos, secas, enchentes, acidentes com embarcações e também de ações humanitárias para casos de grande contingente de deslocamentos humanos, como no caso de refugiados.

No total, devem participar da simulação cerca de duas mil pessoas, dos quais cerca de quinhentas são estrangeiras. Além de militares do Brasil (1.550), Colômbia (150), Peru (120) e Estados Unidos (30), observadores de mais de 20 países devem acompanhar as ações, entre eles, da Alemanha, Argentina, Chile, Equador, México, França, Reino Unido, Espanha, Rússia e Venezuela. Também participam funcionários de órgãos federais e estaduais como a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Funai (Fundação Nacional do Índio), Polícia Federal, a Receita Federal, entre outros.

A atividade envolve unidades de transporte, logística, manutenção, suprimento, evacuação e engenharia. No caso de catástrofes, por exemplo, isso implica o planejamento logístico de deslocamento de equipamentos, suprimentos e equipes até o local da ação. Também serão atendidas comunidades que vivem na região, como indígenas e ribeirinhos do Brasil e de países vizinhos, nas especialidades de clínica geral, ginecologia, pediatria e ultrassonografia. Um cirurgião ficará no Hospital de Guarnição de Tabatinga.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

A Coreia do Norte disse que os Estados Unidos deveriam tirar Donald Trump do poder
Em meio a acusações de corrupção, presidente da Guatemala renuncia
https://www.osul.com.br/militares-dos-estados-unidos-se-juntam-tropas-brasileiras-em-exercicios-na-amazonia/ Militares dos Estados Unidos se juntam a tropas brasileiras em exercícios na Amazônia 2017-11-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar