Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2017
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse ver como “absolutamente normal” a participação de partidos no governo em troca de votos no Legislativo. “Todos os governos que fazem composição com vários partidos colocam a participação de outros partidos no governo. Foi o que nós fizemos. O PMDB sozinho não iria governar”, afirmou Padilha nesta quarta-feira (15).
“Vários partidos sempre vão apoiar o governo e, com isso, eles têm participação no governo, o que é mais do que normal, absolutamente normal”, disse o ministro, um dos principais aliados do presidente Michel Temer. Ele se referia ao episódio em que foi gravado em uma palestra admitindo que o Ministério da Saúde foi entregue ao deputado Ricardo Barros em troca de apoio do PP, partido do ministro, no Congresso.
Na gravação, Padilha disse que o governo queria um “notável” para comandar o ministério, mas que, diante da indicação do PP, “Ricardo será o notável”.
“Quem é gestor público, quem já passou por vários estamentos da estrutura pública. Eu fui prefeito, secretário de Estado, ministro de Estado em várias situações. Em tese, eu conheço bem como funciona a máquina do Estado. Esperávamos e esperamos que todos aqueles que os partidos são aliados da base também indiquem pessoas que têm esta mesma qualificação”, justificou Padilha.
Questionado se o mesmo raciocínio seria adotado para escolher o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Padilha se esquivou. O presidente Temer tem defendido a escolha de um jurista para a vaga. “Olha, quem nomeia ministro, demite ministro é o presidente da República. Se ele diz que é um técnico, será um técnico”, afirmou Padilha. (Folhapress)