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Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
Ao longo de 2015, as montadoras tiveram a produção paralisada pelo equivalente a mais de dois anos, na soma de dias em que cada fábrica de 15 marcas suspendeu as atividades em razão da fraca demanda por veículos novos. A conta total chega a 840 dias de paralisação por férias coletivas, folgas e banco de horas.
O número não inclui dispensas parciais de pessoal, redução de atividades com medidas como lay-off (suspensão de contratos de trabalho) e as férias de fim de ano, que ainda estão sendo definidas e em muitas empresas serão mais longas do que em 2014. Nas fabricantes de caminhões Scania e Volvo, por exemplo, terão duas semanas a mais que no ano anterior.
Apenas quatro fabricantes, BMW, Hyundai, Honda e Toyota, não adotaram medidas de corte de produção durante o ano. Nas demais, o período de paradas é variado. No caso da Mercedes-Benz, só a fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo (SP) contabiliza o equivalente a quatro meses de produção interrompida.
As quatro principais montadoras de automóveis, que têm maior número de fábricas e grande atuação no segmento de carros compactos, suspenderam a produção mais vezes que as demais. Na Ford, foram quase cinco meses nas unidades de automóveis e de caminhões no ABC paulista. A General Motors parou as linhas de montagem por 4,5 meses na soma das plantas de São Caetano do Sul, São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS). Em São Bernardo, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), as fábricas da Volkswagen pararam por cerca de quatro meses. Na Fiat, em Betim (MG), a produção foi suspensa por 1,5 mês. Mesmo com todas as paralisações, os estoques seguiram elevados. (AE)