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Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2015
O dia 1º de outubro foi ótimo para quem é cidadão do Estado norte-americano do Alasca. O governo local “presenteou” cada um de seus habitantes que moram na região há pelo menos um ano com 2.072 dólares (aproximadamente 7.890 reais).
E isso não é nenhuma novidade. Todo ano, os cidadãos do Alasca, Estado localizado no extremo norte americano, recebem uma quantia específica das autoridades. Isso porque o Estado – apesar de ser enorme territorialmente, 1.782.000 quilômetros quadrados – tem uma população muito pequena, apenas 710 mil habitantes.
Petróleo
Os poucos moradores do Estado dividem entre si um enorme tesouro. Um dos motivos que fazem do Alasca um Estado muito rico é uma reserva de petróleo encontrada na década de 1970.
Em 1976, aprovou-se uma emenda à Constituição do Estado para criar o “Fundo Permanente do Alasca”, uma entidade que administra parte dos lucros advindos do petróleo e os reverte para os cidadãos. A Constituição do Alasca diz que “ao menos 25%” de todos os royalties e outros lucros que viessem do petróleo para o Estado seriam direcionados para esse fundo, destinado para “investimentos rentáveis”.
E a cada ano, as autoridades somam uma parte dos lucros deste Fundo e redistribuem o valor entre todas as pessoas que estejam morando lá há pelo menos um ano. Em 2014, o valor foi ligeiramente menor do que neste ano – foram distribuídos 1,8 mil dólares por cidadão (cerca de 7,1 mil reais).
Polêmica
A forma como tem se distribuído os lucros da “bonança petroleira” do Alasca tem sido motivo de polêmica nas últimas quatro décadas. Ao ser criado, o Fundo Permanente foi planejado inicialmente para dar a cada cidadão 50 dólares por ano morado no Estado.
Mas em 1982, a Corte Suprema dos Estados Unidos determinou que essa maneira de dividir o dinheiro era inconstitucional, e ordenou que todos os residentes do Alasca recebessem uma quantia igual. (BBC)