Saúde Namorar com alguém mais novo exige cuidado
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2016
Michael Douglas, 71 anos, e Catherine Zeta, 46, têm 25 anos de diferença. Ivete Sangalo, 43, é 13 anos mais velha que seu marido, Daniel Cady, 30. Francisco Cuoco, 82, está com Thais Almeida, 29. E há tantos outros casos de famosos que não ligam para a diferença de idade. A parte mais velha entra com maturidade e estabilidade, o pedaço mais novo vem com ambição e explosão. Um acalma, o outro renova.
O amor é mesmo para todas as idades. Mas não é fácil lidar com a distância geracional. O assunto nos churrascos, os livros, a consistência dos glúteos, é tudo muito diferente. Para o lado mais velho (vamos adotar que é o homem, para efeitos de crônica), uma das grandes dificuldades é conseguir acompanhar a alma gêmea. Falta saúde mesmo, sabe? Cada vez que o coroa sai para uma balada, são seis meses de fisioterapia. E não tem como escapar; o vetusto ancião não pode ficar no sofá, pedindo para a moça abdicar das coisas que ele já viveu. E então lá vai o casal, juntinho, assistir a um show. Na chuva. Sem ter onde sentar. Com fila para o banheiro químico. Puxado.
O coroa tem que se preparar. Nem falo do Viagra. Além de ser um recurso óbvio, não é artifício exclusivo dos antigos. Não, tem mais coisa para comprar na farmácia. De cara, o puído parceiro tem que ter um bom estoque de Engov. Indispensável. Fígado novo se recupera rápido – ao passo que, depois de uma certa idade, as ressacas são piores que virose. Outro dia tomei um pileque de Limoncello e depois parecia que eu tinha contraído Ébola.
Anti-inflamatório? Essencial. A moça vai querer sair para dançar – e não vai ser Frank Sinatra. É razoável imaginar que o longevo namorado estará desatualizado dos passos mais contemporâneos, e vai tentar compensar esse distanciamento chacoalhando o corpo de maneira ilógica. No dia seguinte serão pelo menos 35 músculos doendo – e uma semana sem amarrar o sapato. E sem comparecer no leito, se me entendem.
Outro truque bom é o polivitamínico. Combate o estresse (sempre constante quando sua namorada é mais inteira do que você), repõe as vitaminas gastas na lida e evita o resfriado – fatal para os idosos. Contudo, atenção: é importante que sejam aqueles comprimidos efervescentes. Porque daí o deteriorado galã coloca em um copo alto com gelo, e fica parecendo um drink especial. Fica mais nobre.
Só tem um problema (para o mais velho): às vezes demora para a cara-metade aparecer. São anos suspirando pelas ruas, chutando lata, ouvindo música de corno, esperando a amada nascer. Mas compensa. Veja José Saramago e Pilar. Ele a conheceu só aos 64 anos – quando Pilar tinha 36. Foi o grande amor de sua vida. “Se eu tivesse morrido aos 63 anos, antes de ter conhecido Pilar, morreria muito mais velho do que serei quando chegar a minha hora”, disse o escritor, que faleceu em 2010. Que lindo. (Lusa Silvestre/AE)
Deixe seu comentário
Últimas
Mundo Suprema Corte dos Estados Unidos analisa se Donald Trump possui imunidade penal como ex-presidente
