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Por Redação O Sul | 10 de março de 2018
O Pentágono está organizando para o dia 11 de novembro, Dia dos Veteranos dos Estados Unidos, o desfile militar desejado pelo presidente americano Donald Trump, um evento que, segundo informou a CNN, não terá a participação de tanques.
Há um mês, Trump pediu ao Pentágono que organizasse o ato após ficar maravilhado com o desfile militar do qual participou no ano passado, em Paris, no dia 4 de julho, Dia da Bastilha, convidado pelo presidente francês, Emmanuel Macron.
A CNN teve acesso ao documento preparatório do Pentágono no qual informa a comandantes militares que o desfile, que será o primeiro destas caraterísticas nos EUA desde 1991, percorrerá a Avenida Pensilvânia, em Washington, a partir da Casa Branca até o Congresso.
O desfile “incluirá somente veículos com rodas, e não tanques” para desta forma “minimizar o prejuízo à infraestrutura local” de Washington, diz o documento. Mas terá um “forte componente aéreo”, incluindo aeronaves antigas.
Os Estados Unidos não organizam um desfile militar de grande escala desde junho de 1991, depois da vitória na primeira Guerra do Golfo e com George Bush pai na Casa Branca. Naquela ocasião, 8,8 mil militares desfilaram pelo centro de Washington atraindo cerca de 200 mil espectadores, segundo o jornal The Washington Post.
De fato, os desfiles militares em grande escala nos EUA são raros e reservados para celebrações pós-guerra. Eles aconteceram depois da Guerra Civil Americana, em 1865; da Primeira Guerra Mundial em 1919 e também em 1946, depois da Segunda Guerra Mundial.
Quando os EUA retiraram suas tropas do Iraque em 2011, o então presidente Barack Obama não quis organizar um desfile, pois a guerra do Afeganistão prosseguia e havia vidas de militares americanos em risco.
Também não houve depois das guerras na Coreia e no Vietnã, uma vez que os Estados Unidos não saíram vencedores desses palcos.
Polêmicas
No torvelinho de notícias que emanam de Washington, as manobras legais envolvendo uma atriz pornô que diz ter tido um caso com Donald Trump e o advogado do presidente, que pagou para que ela não falasse sobre o tema, podem parecer só mais um mote para um reality show na Casa Branca.
Mas o processo que ela abriu recentemente para tentar romper um acordo assinado em 2016, sob o qual concordou em manter silêncio em troca de um pagamento de US$ 130 mil, pode se tornar uma nova frente judicial para a Casa Branca.
Foi uma ação de assédio sexual apresentada por uma servidora estadual do Arkansas, Paula Jones, contra Bill Clinton que levou ao processo de impeachment contra o democrata, por ele ter mentido em um depoimento sobre o seu caso com Monica Lewinsky.
A ação iniciada pela atriz Stephanie Clifford, que usa o nome artístico Stormy Daniels, talvez não consiga superar nem o primeiro dos diversos obstáculos que enfrenta.
Mas se for adiante, Trump e Michael Cohen, há muito seu advogado pessoal, podem ter de depor. O processo de Clifford também pode oferecer provas de violações das normas de financiamento de candidaturas eleitorais, o que reforçaria uma queixa que a Comissão Eleitoral Federal está por apresentar contra a campanha de Trump.
Nesta semana, surgiram notícias de que Cohen obtivera uma ordem provisória de silêncio contraClifford, medida que Michael Avenatti, o advogado dela, declarou inválida. O acordo entre Clifford e Cohen fixava que quaisquer disputas seriam resolvidas por meio de procedimentos confidenciais de arbitragem.