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Política O excesso de candidatos à Presidência da República pode inviabilizar os debates na TV

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Os 13 presidenciáveis dividirão dois blocos de 12 minutos e 30 segundos por dia. (Foto: Reprodução)

O fechamento da janela de trocas partidárias deixou pelo menos 13 pré-candidatos à Presidência com direito de participarem dos debates eleitorais na TV e rádio, número que pode chegar a até 15, se PV e PSD decidirem lançar candidatos próprios, o que hoje parece improvável, apesar de pressões internas – e que não inclui a ex-senadora Marina Silva (Rede), que disputa vaga no segundo turno. O quadro tem preocupado as emissoras, que começam a traçar estratégias para realização dos debates.

Desde a redemocratização, o debate com mais candidatos foi em 1989, quando nove participaram. As emissoras, contudo, tem evitado programas com tantos participantes, que ficam inchados e enfadonhos, sem um embate real entre os principais nomes. Em alguns anos, as TVs já até desistiram de realizar os debates, caso de 1998 – que teve também a recusa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de discutir com os adversários. Em 2014, foram sete candidatos.

O SBT realizou reunião há 15 dias com assessores dos pré-candidatos e propôs que a seleção dos convidados ocorra com base no desempenho na pesquisa do Instituto Datafolha de abril. “Avaliamos ser inviável um evento com mais de seis candidatos, pois eles teriam pouco tempo para expor e confrontar ideias e planos de governo. A legislação eleitoral nos obriga a chamar os candidatos que representem partidos com no mínimo cinco congressistas. Mas também permite a celebração de acordo entre eles para a realização dos debates. Caso haja concordância entre todos, será possível realizar o debate, respeitando aquele número de seis participantes”, disse em nota.

Desde o ano passado, a lei eleitoral exige que o partido ou coligação tenha pelo menos cinco deputados federais ou senadores para garantir participação nos debates – número que, até 2015, era de apenas um congressista. Com a crise política e a cláusula de desempenho, contudo, quase duas dezenas de partidos decidiram lançar candidatos.

As principais emissoras do país disseram acreditar que as candidaturas afunilarão. A aposta é que a esquerda e o centro optarão por concentrar o apoio em quem tiver mais chances de vencer nas urnas.

Essa expectativa de possíveis desistências às vésperas da disputa pode não prevalecer, já que pré-candidatos de legendas menores se colocaram na disputa e querem concorrer para superar a cláusula de barreira. Estão nesta lista, por exemplo, o deputado Cabo Daciolo (Patriota-RJ), Paulo Rabello de Castro (PSC), que deixou o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Guilherme Boulos (Psol), coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Todos terão direito a participar.

A regra de pelo menos cinco deputados federais e senadores desobriga as emissoras de TV e rádio de chamarem Marina. Seus aliados insistem que ela terá espaço, pelo desempenho nas pesquisas – o que, num primeiro momento, as TVs confirmam.

Em pesquisa Datafolha de março, Marina teve 7,8% de intenções de voto, atrás apenas do ex-presidente Lula (33,4%) e do deputado federal Jair Bolsonaro (16,8%). “É possível que a pré-candidata da Rede, Marina Silva, participe, desde que pontue bem na pesquisa”, disse o SBT. Isso deve depender, contudo, de que outros candidatos que teriam direito abram mão para a concorrente, caso a emissora insista em apenas seis debatedores.

A TV Globo afirmou que fará todos os esforços para realizar o debate e que “convidará todos os que têm direito legal e, entre os que não têm, aqueles que estiverem acima de certo patamar nas pesquisas, ainda a ser decidido”. A RedeTV! informou que respeitará a lei. “Preferimos aguardar a depuração do quadro para fechar o número de participantes.”

Primeira a realizar os debates, a Band afirmou que ainda não definiu as regras. A TV Record definiu apenas as datas. Com representatividade baixa no Congresso e sem destaque nas pesquisas, Fernando Collor (PTC), Levy Fidelix (PRTB), João Amoêdo (Novo) e José Maria Eymael (PSDC) devem ficar fora.

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