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Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2018
Após sua chegada ao Havaí nessa sexta-feira (24), o furacão Lane se transformou em tempestade tropical e provoca inundações. As chuvas devem continuar ao longo do fim de semana e segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, Lane produziu a segunda maior precipitação relacionada a ciclones tropicais já registrada no Havaí. Volume superior só foi registrado com a tempestade Paul em novembro de 2000.
Não há registro de feridos ou mortos, mas pelo menos 3 mil habitantes do arquipélago permanecem em abrigos. As chuvas intensas provocam inundações e podem provocar pequenos tornados. A ilha está em estado de emergência desde quinta-feira (23) e deve continuar assim ao longo do fim de semana, segundo as autoridades do estado.
O arquipélago esperava a chegada de Lane, quando a tempestade era classificada com o um furacão na categoria 2, com ventos de até 170 km por hora. Mas o furacão perdeu velocidade e foi reclassificado como tempestade tropical antes de chegar ao estado. Neste sábado (25) a tempestade se move a 5 km/h, mas com chuvas intensas e constantes.
Mesmo assim, a ação da tempestade é perigosa e o volume de água preocupa. Como Lane perdeu velocidade, deve chover por mais tempo sobre a região e provocar chuvas por um período prolongado.
Em algumas localidades, choveu até agora cerca de 1000mm de chuva. O volume de água pode provocar inundações e deslizamentos, por isso a população deve manter-se nos abrigos, segundo as autoridades.
A ação da tempestade é mais intensa no Sul do estado, mas avança em direção ao Norte e Noroeste. Durante o dia as tempestades devem ser intensas de maneira ininterrupta e durar em torno de doze horas.
Estado de emergência
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quinta-feira (23) estado de emergência no Havaí, diante da iminente chegada do furacão Lane, que ameaçava se transformar na tempestade mais violenta a passar pelo arquipélago do Pacífico em décadas.
A declaração autorizava o DHS (Departamento de Segurança Nacional) e a Fema (Agência Federal para a Gestão de Emergências) a coordenar atividades de socorro em caso de desastre e a destinar fundos federais para enfrentar uma eventual tragédia, com o propósito de salvar vidas e salvaguardar a saúde pública, bem como proteger a propriedade dos cidadãos, para assim “minimizar ou evitar a ameaça de uma catástrofe” nas ilhas,
conforme afirmou a Casa Branca em comunicado.
Segundo especialistas climatológicos citados pela emissora CNN, o olho do furacão poderia, na hipótese mais pessimista, se transformar no ciclone “mais destrutivo dos últimos 26 anos”, caso tocasse a terra.
Apesar da gravidade da ameaça, o Serviço Meteorológico Nacional anunciou, por meio das redes sociais, que a tempestade, que na terça-feira (21) atingiu categoria 5 – a máxima na escala SarSimpson -, havia diminuído horas antes, situação que acabou se confirmando.
Vista do espaço
O astronauta americano Ricky Arnold registrou na quarta-feira (22) o furacão Lane, que chegou a atingir a categoria 5, a máxima possível, mas enfraqueceu um pouco ao se aproximar do Havaí. Arnold está desde março a bordo da Estação Espacial Internacional e foi enviado pela agência espacial americana (Nasa).