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Geral O governo avalia as proibições do uso de animais em cursos de medicina e biologia

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As restrições valeriam tanto para vertebrados quanto invertebrados, impedindo até mesmo o uso de formigas, baratas ou minhocas em aulas práticas de biologia, além dos tradicionais ratos e camundongos. (Foto: Reprodução)

O governador Geraldo Alckmin tem até quarta-feira para decidir se sanciona ou não um projeto de lei que restringe quase que totalmente o uso de animais em atividades de ensino no Estado de São Paulo, até mesmo em cursos de medicina veterinária. As reitorias das três universidades estaduais paulistas enviaram ofícios ao Palácio dos Bandeirantes, pedindo o veto integral do texto.

O Projeto de Lei 706/2012, do deputado estadual Feliciano Filho (PSC), vedaria o uso de animais em cursos de medicina, medicina veterinária, enfermagem, biologia, zootecnia ou qualquer outra atividade pedagógica; a não ser em algumas situações muito específicas — por exemplo, em estudos puramente observacionais ou que utilizem “cadáveres adquiridos eticamente”, de animais que tenham sofrido morte natural ou acidental.

As restrições valeriam tanto para vertebrados quanto invertebrados, impedindo até mesmo o uso de formigas, baratas ou minhocas em aulas práticas de biologia, além dos tradicionais ratos e camundongos.

 “O objetivo desta lei é valorizar a saúde humana e animal de forma ética, buscando alternativas eficazes para tratar de problemas reais”, diz a justificativa do deputado para o PL, apresentado em dezembro de 2012. O projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no fim de junho e encaminhado ao gabinete de Alckmin no dia 5 de julho. A partir daí, o governador tem 15 dias úteis para tomar uma decisão.

As três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) se posicionaram contra o projeto. A proposta “representa enorme prejuízo ao ensino, com o potencial de comprometer e, possivelmente, inviabilizar as atividades de formação de profissionais qualificados”, diz um ofício da reitoria da Universidade de São Paulo, enviado ao governador.

“Embora haja muito empenho no desenvolvimento de métodos alternativos, a utilização de animais em aulas ainda é imprescindível para a formação de alguns profissionais que estarão no futuro desempenhando suas atividades em situações práticas e reais”, diz o reitor da Universidade Estadual Paulista, Sandro Valentini, em carta também enviada a Alckmin.

A reitoria da Universidade Estadual de Campinas reforça o alerta, dizendo que o PL trará “prejuízos irreparáveis à formação de profissionais” nas ciências biológicas e biomédicas — incluindo médicos, médicos veterinários, biólogos e enfermeiros. “A extinção do treinamento adequado de tais profissionais certamente resultará em aumento significativo de erros médicos e falhas em procedimentos, podendo gerar perdas de vidas de animais domésticos, de produção, bem como de seres humanos, sendo os prejuízos maiores que eventuais ganhos”, diz um ofício da Pró-reitoria de Pesquisa da universidade.

Feliciano discorda: “Diversos estudos comprovam que estudantes que utilizam métodos substitutivos ao uso de animais, desenvolvem um aprendizado tão ou mais efetivo que estudantes que aprendem fazendo uso de animais. Estudos comprovam também que estes alunos tornam-se profissionais tão ou mais qualificados que estudantes que aprendem fazendo uso de animais”, diz o deputado, em sua justificativa.

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