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Brasil O homem suspeito de matar a jovem que deu carona a ele foi agredido por outros presos

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Jovem de 22 anos havia combinado carona pelo WhatsApp. (Foto: Reprodução)

Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, suspeito de roubar e matar Kelly Cristina, de 22, após uma carona combinada pelo aplicativo WhatsApp, foi agredido na noite de sábado (4) por outros detentos no presídio de Frutal (MG). Ele estava com outros presos em um lugar conhecido como “seguro”, cela reservada para detentos que correm risco de agressão.

Jonathan, que confessou ter matado a jovem na noite da última quarta-feira (1º), teve diversos ferimentos na cabeça e um corte profundo no supercílio.

A direção da unidade prisional não confirmou se Daniel Teodoro da Silva, 24, outro envolvido no crime e detido na mesma unidade prisional, também foi agredido.

Jonathan foi atendido por uma enfermeira e transferido para uma cela onde ficará sozinho. Um processo administrativo será instaurado para identificar os agressores.

Também no sábado, a Justiça de Minas Gerais decretou a prisão preventiva dos dois suspeitos. Até a noite deste domingo (5), eles não tinham advogados que os representassem, e a Defensoria Pública estava fechada por causa do feriado prolongado do Dia de Finados.

Caso

Kelly Cristina Cadamuro morava em Guapiaçu, na região de São José do Rio Preto (SP). Ela trabalhava em uma loja de óculos e fazia estágio como técnica em radiologia, sua área de formação. A jovem estava desaparecida desde a tarde de quarta, quando combinou uma viagem pelo WhatsApp para Minas Gerais.

De acordo com os familiares, Kelly ia visitar o namorado, um engenheiro civil, em Itabagipe, no Triângulo Mineiro, e postou a viagem em um grupo de compartilhamento de caronas no aplicativo de conversas. Um casal se ofereceu para dividir a despesa, mas a mulher teria desistido.

Ela foi buscar o rapaz próximo da praça Cívica, em São José do Rio Preto. A jovem foi vista pela última vez quando parou para abastecer o carro, em um posto da Rodovia Transbrasiliana (BR-153), e fez comunicação com a família, informando que estava com o carona, que até então não conhecia.

Câmeras instaladas em uma praça de pedágio mostram a passagem do carro dirigido pela jovem no sentido da cidade mineira e, algum tempo depois, retornando em sentido contrário, com um homem ao volante. O veículo foi achado sem as rodas, som e equipamentos, em uma estrada rural entre Rio Preto e Mirassol (SP).

O corpo de Kelly foi encontrado na quinta-feira (2) próximo da cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. Segundo a Polícia Militar, a jovem estava seminua, com a cabeça mergulhada em um córrego. A calça que usava foi achada a três quilômetros do local.

Em depoimento à polícia, Jonathan confessou ter matado Kelly, mas negou ter cometido abuso sexual. A polícia diz que, no entanto, não descarta essa possibilidade.

Investigação

De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Bruno Giovanini, Jonathan e Daniel apresentaram diversas versões em seus depoimentos e devem ser ouvidos novamente no começo da semana.

Segundo o delegado, deve ser feita uma acareação entre os acusados e a reconstituição do crime. “Vamos definir como será, se vamos fazer desde a carona em São José do Rio Preto ou apenas do momento da abordagem que antecedeu o crime.”

Um terceiro suspeito, Wander Luís Cunha, 33 anos, está preso em São José do Rio Preto (SP). Ele teria sido apenas receptador dos objetos roubados da jovem, segundo a investigação policial. O delegado não descarta a participação de uma quarta pessoa.

Jonathan era foragido da justiça. Ele recebeu o benefício da “saidinha” em março deste ano e não retornou para o Centro de Detenção Provisória de Ribeirão de São José do Rio Preto.

Em sua ficha criminal constam oito crimes – entre eles roubo, estelionato e agressão contra mulher –, e há dois mandados de prisão contra ele, um de 2013 e outro de 2017, por não ter retornado ao sistema prisional.

A morte de Kelly motivou a criação de um abaixo-assinado on-line contra a “saidinha” dos presos. Até a manhã deste domingo, mais de 11 mil pessoas haviam assinado o documento.

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