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Colunistas O mundo que afastou a mão humana

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Pessoas perdem empregos, substituídos pela máquina. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Em todo mundo, a mão humana desaparece. Pessoas perdem empregos, substituídos pela máquina. Você percebe isso facilmente. Nos shoppings, os estacionamentos são administrados por pequenas máquinas. Nem pão já se faz em casa, porque existem máquinas. Já não passam café; compra-se cápsulas de gosto duvidoso e que poluem a natureza. Odeio máquinas de Nezpresso e correlatos.

O café da manhã nos hotéis – excetuados os de 5 estrelas – já são self service. Feito por máquinas. Ruim, é claro. Na verdade, se notarem bem, quando mais o serviço é para a população em geral, mais máquinas substituem os servidores. Quanto mais dinheiro você tem, mais serviços feitos por pessoas você recebe. Quanto mais popular é o hotel, menos serviços o cliente tem. Basta você parar em um Hotel 5 estrelas e depois cair em um Ibis. Eis a diferença entre homens e máquinas. Entre serviços “manufaturados” e a automação. Em um hotel Ibis, nem toalha de rosto há. E não há água no frigobar. E tem de ver o café da manhã do Ibis. E vejam que o preço nem é tão mais barato. No Brasil, o Ibis cobra em torno de 200 reais a diária. Um hotel bem melhor em Lisboa pode ser reservado pelo dobro do preço.

Nos bancos é a mesma coisa. Há gerentes de contas. E há a fila para a patuleia. Bancos já não fazem questão que o cliente vá à agência. Você liga para o banco e uma máquina atende. E diz que você pode fazer melhor se baixar um aplicativo. Mais aplicativos, menos empregos para os bancários. A automação vai lascar o mundo do trabalho.

O 0800 já quase não existe. Agora é 4003 ou 4004. Claro. É o cliente quem paga. O Santander tem a gravação que chega a ser ameaçadora. Se você quer reclamar sobre um débito no cartão de crédito, a voz diz: aperte a tecla 6 apenas se for para contestar. Algo como: se for outra coisa, o chicote vai lamber suas costas.

Por que o atendimento em hotéis, restaurantes e aviões caiu de padrão? Dá a impressão que estão fazendo um favor para o usuário. Se você não gostar, troque de companhia… Só que todos atendem de igual modo. Logo, se tudo é, nada é.

Locadoras de automóvel são um fenômeno do mal atendimento. Filas enormes para pegar o carro. Que nunca será o que você quis alugar. Fica dentro da categoria. Que por vezes, nem isso é. Vai discutir? E vem uma lista de seguros, exigências, pedágios, etc. Quer? Não quer? Vai a pé. De ônibus. Pensa que a Budget é uma droga? Dê cinco passos à esquerda e alugue pela Hertz. Ou atravesses o corredor e vá para Álamo. Agora vai. E, se der um problema na sua viagem, ligue…para o 0800. Que não vai dar certo.

Reclame da companhia aérea. Vá até a ANAC. Algo como reclamar de seu funcionamento do celular. Anatel. Bingo. A propósito: em nenhum lugar que andei na Polônia, Grécia, Portugal ou Espanha houve falta de sinal de telefonia ou internet. Comprei um chip que funciona para toda a Europa e internet para o mundo. Na volta, andando alguns quilômetros para além de Porto Alegre, já não havia sinal. Nem de celular, nem de internet. E liguem pelo uatsap. Patético. Pois enquanto estava na Europa, o uats funcionou sem “cair nenhuma ligação”. Até gravei programa meu programa da Rádio Justiça pelo uats. Ligação com som local. Igualzinho ao nosso. Pois é. Já contei aqui que, passeando por sete países, dos quais 4 eram da antiga cortina de ferro, em todos celular e internet a mil. Engraçado é que o Brasil é o pais com mais celulares per capita do mundo. E é onde esses aparelhos funcionam precariamente.

Enfim, queria mesmo é falar sobre a automação e acabei entrando em outros assuntos. Carnavalizei a coluna. Por falar nisso, muita gente transformou a disputa Beija Flor e Tuiuti em uma nova forma de “partidos políticos”. Beija Flor, coxinha, Tuiuti, esquerda. Não dispenso uma linha sobre essa nova forma de “fazer revolução”. Tenho mais o que fazer.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-mundo-que-afastou-mao-humana/ O mundo que afastou a mão humana 2018-02-16
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