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Brasil O presidente da Câmara dos Deputados disse que era uma “brincadeira” a sua fala de que os militares querem entrar “no fim da festa”

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Declaração do presidente da Câmara repercutiu negativamente no alto comando das Forças Armadas. (Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Após se envolver em uma polêmica com generais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (20) que era “brincadeira” o comentário que fez na véspera dizendo que “o Brasil quebrou” e os militares estão querendo entrar “no fim da festa”, referindo-se a eventuais benefícios concedidos à categoria no projeto de lei que vai rever as regras de aposentadoria da caserna.

Maia deu a declaração em uma entrevista coletiva concedida na terça (19) na Chapelaria do Congresso Nacional, a principal porta de entrada do Legislativo. Na ocasião, ele admitiu que há uma grande defasagem salarial entre civis e militares, mas ressaltou que “o problema é que nós estamos no fim da festa”.

“O Brasil quebrou. Eles [militares] estão querendo entrar nessa festa no finalzinho, quando já está amanhecendo, a música já está acabando, não tem mais ninguém para dançar. Então, precisa organizar de que forma que compensa eles de alguma forma sem sinalizar para o Brasil que nós estamos empurrando essa festa mais alguns anos com o Estado já quebrado, sem capacidade de realizar investimentos”, disse Maia aos jornalistas na terça-feira.

A metáfora do presidente da Câmara de “fim de festa” repercutiu negativamente na alta cúpula das Forças Armadas. Generais ouvidos pelo blog da colunista do G1 Natuza Nery classificaram a frase de Rodrigo Maia de “infeliz”.

Nesta quarta, o deputado do DEM aproveitou a presença do presidente Jair Bolsonaro na Câmara para entregar o projeto de aposentadoria dos militares para tentar esclarecer a declaração criticada pelo generalato.

Após agradecer o fato de Bolsonaro ter ido pessoalmente ao Congresso para entregar a proposta previdenciárias dos integrantes das Forças Armadas, Maia pediu a oportunidade de “ajustar” o discurso.

“Acho que não aprendi com o meu pai [o ex-prefeito do Rio César Maia] que ironia em política é muito importante. Ontem [terça] eu fiz uma brincadeira, que era a favor dos militares e pareceu contra os militares”, ressaltou o parlamentar fluminense.

Rodrigo Maia, então, fez um histórico de situações ocorridas nas últimas duas décadas que, segundo ele, prejudicaram os militares financeiramente. Ele destacou, por exemplo, que desde 2005 servidores civis obtiveram ganhos salariais enquanto o teto e o piso dos militares foram sendo “achatados”.

“Foram sendo criadas estruturas extra salariais para os civis, e hoje temos uma estrutura onde um general de quatro estrelas recebe menos do que um consultor legislativo quando entra na Câmara dos Deputados”, ponderou.

Desfazendo o mal-estar

Mais cedo nesta quarta, antes de receber Bolsonaro no Parlamento, o presidente da Câmara procurou expoentes da cúpula militar para tentar desfazer o mal-estar gerado com a metáfora do fim da festa.

Maia relatou ao presidente da República e aos ministros que foram ao Congresso entregar o projeto dos militares que havia conversado com o ex-comandante do Exército Eduardo Villas-Bôas para explicar que havia sido mal compreendido quando fez a declaração.

Ele também falou nesta quarta-feira com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, general da reserva do Exército que é o homem de confiança do presidente da República.

O parlamentar do Rio também contou que enviou uma mensagem para o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, propondo que o integrante do primeiro escalão indique um nome de um civil da confiança dele para o posto de relator da proposta que muda as regras de aposentadoria dos militares.

“[O fato de ter proposto que o ministro da Defesa indique o nome do relator do projeto dos militares] é uma indicação clara, não só minha, mas de todos os deputados e deputadas, da importância que as Forças Armadas têm para o Brasil”, declarou Maia a Bolsonaro no gabinete da presidência da Câmara, sendo aplaudido pelos parlamentares e ministros que acompanhavam o ato de entrega da proposta previdenciária.

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