Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo O presidente do Uruguai mandou prender um general

Compartilhe esta notícia:

Milhares de pessoas foram às ruas se despedir do ex-presidente. (Foto: Divulgação/Governo do Uruguai)

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ordenou a prisão do comandante do Exército, general Guido Manini Ríos, por 30 dias, após este se pronunciar publicamente contra um projeto de lei impulsionado pelo governo.

Segundo Vázquez, o militar “atua de boa fé e com a lealdade institucional que devem ter as Forças Armadas, mas se equivocou e foi sancionado”.

Manini Ríos se manifestou contra uma reforma do sistema de pensões militares e uma nova lei orgânica para as Forças Armadas. A detenção conta a partir de segunda-feira (17).

Em seu site, o governo informou que a Constituição uruguaia estabelece que “os militares não podem interferir com opiniões sobre projetos de lei”.

“A decisão de prisão por 30 dias do comandante do Exército, general Guido Manini Ríos, foi tomada por situações múltiplas que mereceram em seu momento avaliações, que contravêm regulamentações e artigos constitucionais”, acrescentou o presidente.

“Comentários por parte do comandante-chefe sobre um projeto de lei que estão em discussão no Parlamento é uma atividade política”, afirmou.

As declarações que motivaram a sanção foram dadas pelo general à rádio Todo Pasa no último dia 5, em que criticou o ministro do Trabalho, Ernesto Murro, após a aprovação do projeto de reforma pelo Senado.

Murro afirmou na ocasião que a reforma seria gradual e que beneficiaria os militares, ao que Manini Ríos respondeu que o ministro estava “mal informado” e que pegasse uma calculadora para fazer as contas.

Segundo o jornal uruguaio El Observador, o general pediu a seus subalternos e aos oficiais aposentados que não participem de atos em seu apoio nem assumam nenhuma posição que possa vir a ser interpretada como protesto contra a decisão do presidente Vázquez.

“Sempre a instituição militar deve estar acima de seus integrantes, e a pátria acima de todos”, teria dito o general, segundo o jornal.

Ele pediu a todos que respeitem “a Constituição e a lei”.

Economia

O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, disse recentemente que seu país está “muito sólido” diante da crise na Argentina, enquanto a vice-presidente Lucía Topolansky classificou como “brutal” o acordo entre Buenos Aires e o  o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Após vários meses sem comunicação direta com a imprensa, o mandatário buscou transmitir “total tranquilidade” aos uruguaios, apontando que “o Uruguai está muito sólido do ponto de vista financeiro e econômico” e garantiu que “vai continuar crescendo”.

Vázquez apontou que tampouco considera necessário revisar o orçamento, que enviou para aprovação do Congresso e que prevê um crescimento de 2,5% em 2018 e 3,3% em 2019, cifras que não condizem comas projeções de analistas privados.

O Uruguai luta contra um grande déficit fiscal de 4% do PIB e este combate depende, em larga escala, da arrecadação. Esta, por sua vez, é submetida à atividade econômica: se a projeção de crescimento oficial não for cumprida, o financiamento do Estado poderia ser abalado.

O mandatário deu essas declarações em um contexto em que a vizinha Argentina atravessa uma crise monetária e fiscal crítica, com uma disparada do dólar e uma previsão de mais dificuldades para os setores mais vulneráveis da população.

O governo de Mauricio Macri fez um acordo com o FMI por 50 bilhões de dólares para tentar controlar a corrida cambial e estabilizar sua economia.

Já a vice-presidente uruguaia, Lucia Topolansky, descreveu como “brutal” o “compromisso assinado” pela Argentina “com o Fundo Monetário Internacional, que deixa o país endividado em não sei quantos anos” e “muito amarrado”.

O Uruguai é altamente dependente do turismo argentino. Com a aproximação do verão, ele decidiu restabelecer um reembolso do IVA de 22% em compras com cartão de crédito por visitantes estrangeiros, nas áreas de restauração, alojamento e aluguer de automóveis.

O Uruguai recebeu 3,9 milhões de visitantes em 2017 – com uma população de 3,5 milhões de habitantes.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Novo reajuste da gasolina entra em vigor nesta sexta-feira
Economistas mais certeiros já preveem inflação abaixo de 3% no Brasil este ano
https://www.osul.com.br/o-presidente-do-uruguai-mandou-prender-um-general/ O presidente do Uruguai mandou prender um general 2018-09-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar