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Brasil O Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 1,1% em 2018 e repetiu o mesmo desempenho do ano anterior

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(Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,1% em 2018, na segunda alta anual consecutiva após 2 anos de retração. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em valores correntes, o PIB em 2018 totalizou R$ 6,8 trilhões.

Já o PIB per capita (por habitante) teve alta de 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018.

O desempenho da economia brasileira no ano foi decepcionante diante das expectativas iniciais, repetindo o avanço registrado em 2017, quando o PIB também avançou 1,1%. Apesar da frustração, o resultado veio dentro do esperado por boa parte do mercado, que ao longo do ano foi revisando seguidamente para baixo as previsões para o PIB.

A piora nas expectativas do mercado veio na esteira da greve dos caminhoneiros, de incertezas políticas e eleitorais, e da piora do cenário internacional. A última previsão dos analistas financeiros, em pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada, foi de um crescimento de 1,21% em 2018.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.

Veja os principais destaques do PIB em 2018: serviços: 1,3%; indústria: 0,6% (1ª alta após 4 anos de quedas); agropecuária: 0,1%; consumo das famílias: 1,9% (2ª alta anual seguida acima do PIB); consumo do governo: 0; investimentos: 4,1% (1ª alta após 3 anos de quedas); construção civil: -2,5% (5ª queda anual seguida); exportação: 4,1%; importação: 8,5%.

Recuperação lenta

De acordo com a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio, com o resultado do ano passado a economia do País alcançou o mesmo patamar que apresentava no primeiro semestre de 2012, o que mostra que a recuperação segue em ritmo lento e que o PIB do País ainda segue abaixo do nível pré-recessão.

Segundo ela, em valores correntes, o PIB brasileiro ainda segue 5,1% abaixo do pico registrado em 2014.

Os números do IBGE mostram que, além da falta de tração, componentes importantes do PIB como indústria e investimentos registraram queda no 4º trimestre, evidenciado a dificuldade da retomada da economia.

Setor de serviços foi destaque do ano

Segundo o IBGE, o crescimento de 2018 foi garantido pela alta de 1,3% do setor de serviços (após avanço de 0,5% em 2017), que responde por 75,8% do PIB. As 7 atividades do setor tiveram taxas positivas, com destaque para o comércio, que teve alta de 2,3%, e o setor de transportes, que avançou 2,2%.

Nos serviços, apesar das atividades imobiliárias terem apresentado o maior crescimento entre as atividades pesquisadas, a alta foi puxada efetivamente por comércio e transporte. “As atividades imobiliárias têm peso muito pequeno. Já o comércio representa 13,2% de todo o PIB”, enfatizou Rebeca Palis, coordenadora das contas nacionais do IBGE.

A indústria decepcionou no 4º trimestre, mas registrou em 2018 o 1º ano positivo desde a crise. Em 2018, houve alta de 2,3% na produção e distribuição de eletricidade, de 1,3% na indústria de transformação, puxada pela produção automotiva, de 1,0% na extrativa, impulsionada pela extração de minério, e a queda de 2,5% na construção civil.

Motor do PIB em 2017, o agronegócio cresceu apenas 0,1% em 2018. Os destaques foram a alta na produção de café e algodão, respectivamente de 29,4% e 28,4%. Por outro lado, houve queda de importantes lavouras do País: milho (-18,3%), laranja (-10,7%) e cana de açúcar (-2%).

Do lado da demanda, o destaque foi o consumo das famílias, que cresceu 1,9%. “Cresceu porque houve aumento da massa salarial, os juros caíram e a inflação seguiu sob controle. Ou seja, melhorou, mas tudo num ritmo um pouco lento ainda”, destacou Claudia Dionísio.

Setor externo prejudica resultado

Segundo a pesquisadora do IBGE, o que mais pressionou o resultado do PIB no ano foi a contribuição negativa do setor externo. As exportações de bens e serviços cresceram 4,1%, enquanto as importações avançaram 8,5%.

A economia brasileira fechou com 2018 com necessidade de financiamento de R$ 58,1 bilhões em 2018. No ano anterior, essa necessidade havia sido de R$ 47,2 bilhões. “O Brasil está precisando de mais financiamento externo. Ou seja, piorou”, afirmou Rebeca.

Dentre outros fatores que seguraram uma expansão maior da economia em 2018, a pesquisadora destacou ainda o mercado de trabalho, ainda sem sinais claros de recuperação, e sobretudo as incertezas, tanto políticas quanto econômicas, que marcaram todo o ano de 2018. “As incertezas sempre afetam negativamente a economia como um todo”, destacou.

Construção civil tem 5ª queda anual seguida

Apesar da recuperação lenta da economia, praticamente todos os componentes do PIB registraram crescimento em 2018, com exceção da construção civil, que caiu 2,5% no ano e registrou a 5ª queda anual seguida.

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