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Por Redação O Sul | 26 de abril de 2017
A cúpula do PT definiu como estratégia “turbinar” e transformar em um evento o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sérgio Moro em Curitiba (PR), nas investigações relacionadas à Operação Lava-Jato. Dirigentes da sigla e outros aliados pretendem acompanhar o líder petista à capital do Paraná.
O PT já estava mobilizando os movimentos sociais para uma manifestação em Curitiba no dia 3 de maio, data inicial da oitiva, mas a sessão acabou adiada pelo magistrado para uma semana depois. A alteração havia sido solicitada pela PF (Polícia Federal).
O assessor Gilberto Carvalho está fazendo contatos com os movimentos sociais. Na avaliação de alguns correligionários, o adiamento teria por objetivo desmobilizar os militantes. “É como uma festa de casamento: você se organiza para uma data, compra passagem e, se a data muda, você diz que não vai mais”, declarou um petista.
Além da manifestação, o depoimento deve ser acompanhado de perto por caciques do partido e parlamentares da legenda. “Toda a bancada estará lá com Lula”, assegurou um aliado. “A imagem do ex-presidente poderá ser reforçada, caso ele seja preso ou impedido de concorrer ao Palácio do Planalto em 2018.”