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Mundo O vice-presidente da República disse que só haverá confronto com a Venezuela se o Brasil for atacado e afirma ainda: “Maduro não é tão louco”

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Mourão voltou a dizer que a sua viagem aos EUA não representa uma tentativa de ter uma agenda paralela à de Bolsonaro. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que só haverá confronto com a Venezuela se o Brasil for atacado. Ele também afirmou que Maduro “não é tão louco”. A afirmação foi durante entrevista à BBC Brasil. Confira trechos.

Enviado pelo presidente Bolsonaro para a reunião do Grupo de Lima, que vai discutir na próxima segunda-feira (25) a crise em Caracas, Mourão também segue atuante na política doméstica. Questionado sobre a influência dos filhos do presidente no governo, o vice disse considerar que haverá um distanciamento político natural de Carlos, Eduardo e Flávio da administração do pai. “(Carlos) está na vibe da campanha, isso vai diminuir”

1. Na sua avaliação, a situação da Venezuela, cada vez mais grave, pode resvalar para um conflito regional?

Eu acho que conflito regional, não. Da nossa parte nós jamais entraremos em uma situação bélica com a Venezuela, a não ser que sejamos atacados, aí é diferente, mas eu acho que o Maduro não é tão louco a esse ponto, né.

E também vejo ali do lado mais complicado, que é o lado colombiano, acho que vai ficar nessa situação de impasse, como está. A questão interna é um problema.

2. A mensagem que ele passa ao fechar a fronteira é muito forte. O que isso significa para o governo brasileiro?

Na minha visão, ele fechou a fronteira exatamente para impedir que os venezuelanos viessem ao Brasil para pegar suprimentos. Ele quer manter o país fechado. Por que não acredito que ele imaginasse que nós entraríamos em força dentro da Venezuela – nós já reiteramos inúmeras vezes que não faríamos isso – para levar suprimentos.

3. Na quinta, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, anunciou que viajará para a Colômbia para participar da reunião do Grupo de Lima – para a qual o senhor também vai. O Brasil poderia fazer parte de uma operação militar para retirar Maduro do poder ou para levar ajuda? O quão longe o Brasil iria? Como o senhor vê o papel do governo Trump nesta crise?

Primeiramente, o Brasil tem um pensamento, há anos, de não interferir em assuntos internos de outros países. Então, não fazemos nenhum avanço militar sobre o território venezuelano. Este é o ponto principal. Nós podemos ajudar com auxílio humanitário, colocando suprimentos do nosso lado da fronteira, para que os venezuelanos possam vir para o Brasil e pegar.

Sobre o governo Trump, estão fazendo as pressões que podem, no lado político e econômico, para tentar fazer Maduro sair do país para que a Venezuela possa voltar aos eixos.

4. Além do ex-ministro Bebianno, tem o ministro do Turismo (Marcelo Álvaro Antônio) sobre quem pesam acusações parecidas com as do ex-ministro Bebianno. O senhor foi eleito com uma chapa muito baseada na moralidade, no combate à corrupção… como o senhor vê isso com a manutenção do ministro do Turismo? Qual deve ser a resposta a essas denúncias?

As denúncias devem ser investigadas. O presidente já determinou que a Polícia Federal investigue. Uma vez comprovada a veracidade das denúncias, que elas têm consistência, eu não tenho dúvida de que o presidente irá exonerar o ministro.

2. O presidente Jair Bolsonaro sabia do uso, no PSL, desse esquema que foi denunciado de candidaturas laranja?

Tenho absoluta certeza que não. O presidente não era o dono do PSL, era apenas um candidato do PSL e, obviamente, estava preocupado com a montagem da campanha dele. Vamos lembrar que ele era deputado federal, passou para o PSL no começo do ano passado, começou a se dedicar àquelas viagens iniciais ainda antes da campanha e quando começou a campanha para valer, que era um momento aí de distribuição de recursos, ele imediatamente sofreu o atentado e ficou dentro do hospital.

6. Há uma insatisfação com o papel que os filhos do presidente estão tendo no governo. O senhor avalia que essa proximidade dos filhos do presidente pode ser prejudicial?

A família Bolsonaro é uma família unida. Isso é uma coisa bonita. Os filhos são bem sucedidos, três homens aí que se candidataram, que foram eleitos com uma votação expressiva para senador, deputado federal, vereador. Eu acho que, com o passar do tempo, cada um irá entender o tamanho da cadeira que eles têm, e vão se dedicar mais às funções legislativas para as quais foram eleitos.

7. O senhor acha então que o ideal é que haja um afastamento natural deles?

É natural. É começo de governo, eles são muito unidos em cima da figura do pai. Agora que eles estão vendo que o pai realmente está com a saúde recuperada, eu acho que isso vai ser um distanciamento normal. Um distanciamento político, não da vida pessoal, porque filho é filho.

O Carlos tem uma proximidade muito grande com o pai, ele trabalhou muito durante a campanha. Eu acho que ele ainda está naquele clima, vamos dizer assim, para usar um termo da juventude, nessa vibe, ele ainda está nessa. Mas isso vai passar.

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