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Mundo Os deputados norte-americanos e os seus colaboradores serão obrigados a frequentar cursos de prevenção contra o assédio sexual

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Dados oficiais apontam que 44% das servidoras da administração federal dos EUA relataram esse tipo de incidente. (Foto: Reprodução)

Em meio a uma onda de denúncias de assédio sexual envolvendo parlamentares nos Estados Unidos, a Câmara de Representantes do país aprovou nessa quarta-feira a obrigatoriedade de que os legisladores e seus colaboradores passem por cursos de formação antiassédio sexual.

A adoção da medida contou com a unanimidade do Parlamento. Desse modo, a partir do ano que vem, cada um dos seus 435 membros e os milhares de assalariados e estagiários que trabalham lá deverão receber uma formação sobre assédio e “direitos e responsabilidades” individuais no meio profissional.

“O fato de que algumas pessoas que trabalham aqui sofram com um ambiente ameaçador ou hostil quando vieram servir o país e seus ideais (…) é inaceitável, é uma vergonha. Não podemos tolerar esse tipo de comportamento e não o toleraremos”, declarou o presidente republicano da Câmara, Paul Ryan.

Uma resolução similar foi aprovada pelo Senado no dia 9 deste mês, também por unanimidade. Essa votação foi apresentada como uma primeira reforma de um sistema considerado obsoleto e hostil com as vítimas de assédio dentro da instituição.

Desde 1997, foram aprovados ao menos 264 acordos entre empregados e empregadores na Câmara que envolveram o pagamento de indenizações. Não se sabe quantos deles eram sobre assédio sexual.

O decano democrata da Câmara Baixa, o representante de Detroit John Conyers, 88 anos, é acusado de assédio sexual por várias ex-colaboradoras. Ao menos duas de suas colegas pedem que ele renuncie ao mandato, mas ele se nega a deixar o cargo.

No Senado, o democrata Al Franken pediu desculpas por gestos inapropriados que fez há anos. Dentre os republicanos, Roy Moore, candidato ao Senado em uma eleição parcial no Alabama no próximo 12 de dezembro, enfrenta acusações de agressão sexual de menores há décadas.

Estatísticas

Dados do governo norte-americano apontam que 44% das servidoras da administração federal dizem ter sofrido assédio sexual. No Congresso, mais da metade das queixas é relacionada a isso. Em média, custam US$ 53 mil aos cofres públicos americanos em acordos trabalhistas —nos últimos 20 anos, eles somaram US$ 12,7 milhões.

Tudo isso foi pago com dinheiro público, e em sigilo: qualquer servidor que denuncie assédio precisa assinar um termo de confidencialidade, antes mesmo de iniciar a negociação.

O processo é lento: todo denunciante precisa passar por 30 dias de aconselhamento e depois fazer um novo pedido formal para uma mediação, desta vez com a presença do agressor. Ele pode firmar um acordo ou, então, decidir acionar a Justiça, mas só depois de 90 dias.

“O sistema foi feito para proteger o assediador. Não é um processo amigável para a vítima”, disse a uma TV a deputada democrata Jackie Speier, para quem o treinamento representa apenas “um pequeno passo”.

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