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Brasil Os planos de saúde discutem a cobrança por consultas médicas via internet

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O atendimento a distância já é uma realidade em outros países. (Foto: Reprodução)

O atendimento médico à distância deve se tornar uma prática bastante comum nos planos de saúde com a edição da resolução pelo Conselho Federal de Medicina (2.227/18), que define regras para telemedicina e teleatendimento. Agora a discussão diz respeito à cobrança das consultas.

Esse tipo de atendimento já vinha sendo adotado, há cerca de três anos, por operadoras que mantêm programas de atenção primária, como médico de família. E um dos resultados apurados é a redução de 30% das idas ao pronto-socorro entre os usuários com acesso a esse serviço, segundo a Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo).

Cadri Massuda, presidente da Abramge PR-SC e do sindicato do setor, diz que uma discussão em curso é sobre o pagamento desse atendimento.

“Estamos discutindo, por exemplo, se nos planos em que há coparticipação por consulta haveria cobrança por esse atendimento, se seria o mesmo valor. Mas, o mais importante, é o respaldo que a resolução traz para essa atividade, deixando claras as condições para o atendimento à distância, a necessidade de segurança e sigilo para armazenamento de dados”, afirma Massuda.

Ele ressaltou os custos desse sistema. “Trata-se de uma estrutura cara que deverá ser mais utilizada por grandes empresas, mas que possibilitará, por exemplo, um melhor acompanhamento de doentes crônicos.”

A SulAmérica, que já dispunha teleatendimento, lançou, na segunda-feira, um serviço de teleorientação pediátrica que poderá ser usado por 93 mil beneficiários da empresa até 12 anos de idade.

A consulta será realizada por vídeo e não terá custo adicional para o segurado. Erika Fuga, diretora da seguradora, diz que o serviço pode ser ampliado para outras especialidades.

“Os primeiros números, apesar de não muito significativos pelo volume de atendimento, mostra que 85% dos casos foram resolvidos no atendimento à distância. Mantemos um monitoramento nas primeiras 48 horas para saber do desfecho daquele paciente e acompanhamos por 30 dias nossa base de dados para saber se foi necessário ir ao pronto socorro ou algum outro atendimento para entender se o resultado daquela consulta remota foi satisfatório”, explica Erika.

Ela acrescenta que a empresa já realizava outros tipos de atendimento desse tipo, sendo que no programa de atenção primária a redução de idas ao pronto-socorro chega ha 95% entre a população atendida.

Serviço não pode ser imposto ao usuário

Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde (Federação Nacional da Saúde Suplementar), pondera que o atendimento remoto já é uma realidade em outros países e que é uma demanda dos próprios consumidores em busca de praticidade. Ela chama atenção para o fato de que o teleatendimento melhora a prestação de serviço e reduz o desperdício.

“Cria-se uma etapa a mais de atendimento, mas com orientação e indicação correta, o que se tem é melhor promoção de saúde e redução de desperdícios, que pode diminuir a pressão sobre os custos dos planos de saúde”, avalia.

O atendimento à distância pode ser uma opção aos usuários da saúde suplementar, mas não uma imposição, chama atenção Ana Carolina Navarrete, pesquisadora em saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

“O consumidor tem que ser informado de como funciona o serviço, de que seus dados serão compartilhados com aquele médico e os profissionais de saúde e deve dar seu consentimento para o uso do serviço. Essa não pode ser uma prática imposta e nem ser uma forma de dificultar o atendimento presencial que é sempre aquele mais recomendado em qualquer situação”, afirma.

tags: Saúde

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https://www.osul.com.br/os-planos-de-saude-discutem-a-cobranca-por-consultas-medicas-via-internet/ Os planos de saúde discutem a cobrança por consultas médicas via internet 2019-02-05
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