Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2016
O papa Francisco afirmou, em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, que não julga o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, mas prefere observar seu comportamento durante o futuro governo.
“Eu não faço julgamentos sobre pessoas ou figuras políticas. Só quero entender quais são os sofrimentos que eles causam aos pobres e excluídos por seu modo de agir”, disse ao ser perguntado sobre o que pensava do magnata republicano.
No entanto, ao ser questionado sobre quais os sofrimentos que mais o deixam preocupado, o pontífice mostrou posição completamente oposta às promessas da campanha eleitoral do norte-americano. Segundo ele, a maior preocupação atual é “a dos refugiados e dos imigrantes”.
“Infelizmente, muitas vezes, há apenas medidas contrárias às populações que temem ficar sem trabalho e reduzir seus salários. O dinheiro é contra os pobres e contra os imigrantes e refugiados, mas também há os pobres dos países ricos, aqueles que temem o acolhimento dos semelhantes provenientes de países pobres. É um ciclo perverso e deve ser interrompido”, acrescentou.
Sem citar um caso específico, o papa afirmou que é preciso “destruir os muros que dividem” e “construir pontes que permitam a diminuição das desigualdades e acrescentam a liberdade e os direitos”. “Mais direitos e mais liberdade”, destacou. (ANSA)