Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Um ano após o fim da Comissão Nacional da Verdade, voltou a ficar tenso o clima entre o Quartel General e o Governo Dilma. A demissão do general Antônio Martins Mourão do 3º Comando no Sul estava programada. É tido como voz dissonante do Governo há anos. O Ministério da Defesa só esperava um pretexto para concretizá-la. E o fato novo apareceu. Foi a homenagem póstuma feita ao coronel Brilhante Ustra no QG do 3º Comando, em Santa Maria (RS), revelado pela Coluna dia 27, que teve acesso ao convite enviado a altos oficiais. Era Mourão também quem incitava a caserna a promover funeral com honras de chefe de Estado, com a tropa fardada, para o ex-torturador chefe do DOI-COD.
Guilhotina militar
A presidente Dilma soube da homenagem no Sul e considerou provocação desnecessária. Cobrou posição do ministro Aldo Rebelo.
A lista
No boletim Informex do Exército consta nomes para promoção e transferências de outros 63 oficiais em todo o País. Mourão entrou na lista, e volta para Brasília.
Mensageiro fica
Quem enviou os convites para os altos oficiais – inclusive membros do Ministério da Defesa, foi o General José Carlos Cardoso, subordinado a Mourão. Cardoso fica.
Quem vai
Em tempo, para o lugar de Martins Mourão foi designado o general Edson Leal Pujol.
Sinal trocado
O tucano José Aníbal (SP) gravou mensagem no YouTube onde afirma que as queixas de Lula não vão impedir a sequência das investigações da Operação Lava Jato. O ex-presidente acha que mexer com os filhos é uma campanha difamatória contra ele e às suas pretensões à Presidência da República em 2018.
Chora muito
Mas a PF não para de encontrar fortes indícios de ligações de Lula com as empreiteiras da Lava Jato, através de ‘pagamentos de palestras’ pelo Instituto, e do filho com os esquemas da Zelotes, que investiga as maracutaias no Carf e na Receita.
Olho no STF
O que preocupa muita gente na Lava Jato é o Supremo Tribunal Federal. Observadores mais atentos ao cenário político percebem que os ministros já dão sinais de que irão enquadrar os medalhões do colarinho branco. Mas nem todos.
Culinária baiana
O ex-deputado Geddel Vieira Lima promete chegar na convenção nacional do PMDB, marcada para o dia 27 de novembro, carregado de acarajé apimentado. Ele foi eleito presidente estadual na Bahia e está disposto a mexer com as velhas lideranças.
Axé
Já o irmão de Geddel, o deputado Lúcio Vieira Lima criticou ontem o governador Rui Costa (PT), que reclamou dos dados que colocam a Bahia como o Estado com mais homicídio no Brasil. “Não se trata de competição, mas o governo tem que melhorar a segurança, independente mente de outros (Estados)”.
Saco vazio
Caíram quase pela metade os recursos para a prevenção e resposta a desastres no Ministério da Integração Nacional. Houve uma queda de R$ 1,1 bilhão em nove meses. A ONG Contas Abertas diz que no mesmo período do ano passado já tinham sido repassados a Estados e municípios R$ 2,5 bilhões.
Refresco
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal, voltou a garantir que vai cumprir a promessa de respeitar o cronograma de reajustes dos servidores a partir de outubro… de 2016.
Torre de Babel
A crise financeira do GDF é crônica e a situação entre servidores e o governo é quase insustentável. Os reajustes prometidos, em 2013, pelo então governador José Agnelo atingem 32 categorias.
Teco-teco
A crise também pegou em cheio a Infraero. A estatal aplicou até agora somente 39% do previsto no Orçamento. O dinheiro é menor do que foi investido em 2012.
Ponto Final
“Trata-se de uma iniciativa não apenas ilegal, como cruel, apenas para me sujeitar a pedido de prisão preventiva”.
Do presidente da construtora Odebrecht, Marcello Odebrecht, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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