Mundo Por falta de segurança, a Europa proibiu um relógio que monitora crianças
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2019
Um relógio inteligente criado para que pais possam monitorar os passos de seus filhos foi retirado do mercado europeu, seguindo determinação da Comissão Europeia. De acordo com as autoridades, o aplicativo que acompanhava o relógio possui “comunicações não criptografadas” que permite o acesso não autorizado aos dados.
O relógio Enox Safe-Kid-One possui GPS, microfone e alto-falante, para que os pais, por um aplicativo de celular, possam acompanhar onde estão os filhos e, em caso de necessidade, entrar em contato com elas. O problema, segundo o relatório da Comissão Europeia, é que terceiros podem, facilmente, acessar essas informações.
Pesquisa revela preocupações de pais e professores com a internet
Como parte do Dia da Internet Segura (Safer Internet Day), na terça-feira (5), a Google entrevistou 400 pais e 200 professores para saber quais são suas reais preocupações sobre segurança online e cidadania digital. Um dado interessante obtido pela pesquisa é que a média de idade em que as crianças costumam ganhar seu primeiro dispositivo com conexão à internet é de apenas 10 anos.
No entanto, os pais acreditam que é preciso começar a ensinar os pequenos a respeito de segurança online ainda mais cedo, com 8 anos. Do outro lado, 67% dos professores entrevistados dizem que os pais ainda precisam se esforçar mais para manter a segurança dos seus filhos no mundo digital.
Além disso, 91% dos professores acreditam que ainda precisam de mais recursos para ensinar sobre o tema de maneira mais eficaz e, para isso, a maioria dos docentes (87%) diz que gostaria de participar de treinamentos ou workshops para saber mais sobre segurança na internet.
Na hora de listar os maiores medos sobre segurança online, as preocupações são um pouco diferentes entre pais e professores. Os pais indicaram privacidade como tema de maior preocupação, seguido por conteúdos impróprios e compartilhamento de informações. Já para os professores, prevenir o cyberbullying aparece no topo da lista de preocupações, seguido por privacidade e, por fim, evitar golpes.
O Dia da Internet Segura foi criado pela Rede Insafe na Europa e atualmente reúne mais de 140 países para mobilizar usuários e instituições em torno da data. De acordo com a SaferNet, a proposta é “envolver e unir os diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das TICs, nas escolas, universidades, ONG’s e na própria rede”.
Vale lembrar que a própria Google possui recursos para ajudar as crianças a se informarem melhor sobre o mundo digital. Uma das iniciativas chama-se Seja Incrível Na Internet e ensina às crianças os conceitos básicos de segurança e cidadania digital.
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