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Por Redação O Sul | 2 de junho de 2017
A produção da indústria brasileira cresceu 0,6% em abril na comparação com março, compensando parte da queda de 1,3% registrada no mês anterior. Os números consideram ajuste sazonal e foram divulgados nesta sexta-feira (02) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse foi o melhor resultado para abril na comparação com o mês anterior desde 2013, quando o indicador cresceu 0,9%. Na comparação com abril de 2016, porém, foi verificada queda de 4,5%, a maior baixa interanual desde outubro do ano passado, quando foi registrado recuo de 7,5% em relação a outubro de 2015.
De acordo com o gerente de Indústria do IBGE, André Macedo, o avanço de 0,6% não elimina totalmente a perda de -1,3% registrada em março, o que mantém o setor industrial com características de pouco dinamismo. Segundo o pesquisador, a produção em abril ainda está 19,8% abaixo do pico da série histórica, apurado em junho de 2013.
De janeiro a abril, o setor industrial acumulou retração de 0,7%. Em 12 meses, a taxa acumulada ficou negativa em 3,6%, seguindo a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016, quando caiu 9,7%.
Entre as grandes categorias econômicas, a produção de bens intermediários foi a que mais cresceu em abril ante março (2,1%), seguida por bens de capital (1,5%). A de bens de consumo teve queda de 0,4% no período, sendo que o nicho de bens duráveis subiu 1,9% e o de semiduráveis e não duráveis caiu 0,8%.
“Com isso, essa categoria (de semiduráveis e não duráveis) completa o terceiro mês seguido de resultado negativos, acumulando uma perda de 3% no acumulado do primeiro quadrimestre deste ano”, destacou Macedo.
Na análise por setores, 13 dos 24 ramos pesquisados apresentaram aumento da produção em abril, na comparação com o mês anterior. As principais influências positivas, segundo o IBGE, foram nos segmentos de farmoquímicos e farmacêuticos (19,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%) e máquinas e equipamentos (4,9%). (AG)