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Brasil “Quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia”, disse o vice-presidente Hamilton Mourão

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Vice-presidente deu a declaração ao comentar ameaças a parlamentares, como as relatadas por Jean Wyllys, que vai deixar o País. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (25) que pessoas que ameaçam parlamentares cometem “um crime contra a democracia”. Ele deu a declaração durante uma entrevista, na porta da vice-presidência, sobre a decisão de Jean Wyllys (PSOL-RJ), que vai deixar o país após relatar ser alvo de ameaças.

“Quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia. Uma das coisas mais importantes é você ter sua opinião e ter liberdade para expressar sua opinião”, disse Mourão.

O vice-presidente afirmou que deputados representam cidadãos e devem ser respeitados. Para ele, ideias defendidas por parlamentares devem ser ouvidas, mesmo por aqueles que não gostem do político. “Os parlamentares estão ali, eleitos pelo voto, representam cidadãos que votaram neles. Quer você goste, quer você não gosta das ideias do cara, você ouve. Se gostou bate palma, se não gostou, paciência”, acrescentou.

Perguntado sobre o que pensa da decisão Jean Wyllys, Mourão afirmou que é preciso “aguardar”, pois o deputado falou de “forma genérica” sobre as ameaças. “Temos que aguardar quais são essas ameaças, porque ele falou de forma genérica. Então, quando a gente diz que está ameaçado, tem que dizer por quem, como, né. Vamos aguardar”, declarou.

O vice ainda foi indagado se a decisão de Jean Wyllys foi “correta”. E respondeu: “Não estou na chuteira do Jean Wyllys. Ele que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido”.

Repercussão internacional

O jornal britânico “The Guardian” lembra a amizade de Jean Wyllys com Marielle Franco, vereadora assassinada em março do ano passado. “Sua saída provavelmente aumentará o temor da comunidade LGBT no Brasil de que a homofobia aumente ainda mais sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, que ganhou notoriedade por sua evidente homofobia”, diz o jornal.

Nos EUA, o “The New York Times” destaca o papel de Jean Wyllys na luta pelos direitos LGBT, além das ameaças de morte citadas pelo deputado federal. “Wyllys tem sido alvo de ameaças de morte há anos, mas ele disse que essas ameaças se tornaram mais severas depois que Marielle Franco, uma defensora dos direitos humanos que era sua amiga e aliada política, foi assassinada”, afirma o jornal.

Ainda nos Estados Unidos, o “The Washington Post” lembra dos embates frequentes entre Wyllys e o presidente Jair Bolsonaro, além das medidas de segurança adicionais adotadas pelo deputado após o assassinato de Marielle. “Wyllys, que foi reeleito em outubro e deveria começar um terceiro mandato em fevereiro, disse que as ameaças de morte contra ele aumentaram significativamente desde que a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi baleada e morta junto com seu motorista em março. Desde então, Wyllys, que representa o Rio de Janeiro, usa uma equipe de segurança”, relata o jornal.

A relatora da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Antonia Urrejola, disse que a decisão de Wyllys “é muito lamentável. Não é possível que, em um estado democrático, autoridades eleitas não tenham as condições básicas para exercer suas funções. Me parece que a situação de Jean é exatamente uma destas situações em que o Estado não foi capaz de blindá-lo com a proteção requerida”, afirmou.

Graeme Reid, diretor do programa de direitos LGBT da ONG Human Rights Watch, tuítou reportagem da entidade afirmando que “uma voz para os direitos LGBT é silenciada no Brasil”.

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