Saúde Quem não quer se sentir jovem, saudável e bonito?
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2016
As complicações estéticas frequentemente são pauta na mídia nacional. Os resultados dessas intervenções, geralmente quando são realizadas por profissionais não habilitados, podem causar graves consequências para a saúde e até sequelas permanentes capazes de estigmatizar os pacientes.
Segundo a médica gaúcha Fernanda Nichelle, que tem formação voltada para a área estética, com o aumento da expectativa de vida, as pessoas passaram a experimentar não somente a beleza da juventude, mas a sentir o peso das décadas em sua aparência física.
Com as facilidades do mundo moderno aliadas à constante evolução tecnológica e científica, a valorização do bem-estar e da aparência esteticamente agradável chega a ser apelativa e mandatória, conforme a especialista.
“Importância de escolher um profissional qualificado também está no pós-procedimento ou cirurgia”, destaca a médica Fernanda Nichelle. (Foto: Divulgação)
“Simultaneamente, a demanda pela preservação da beleza e rejuvenescimento facial tem aumentado devido a maior aceitação social dos procedimentos estéticos e do grande desejo das pessoas de sentirem-se bem, bonitas e saudáveis.”
Com fotos produzidas de modelos jovens e sem rugas, as redes sociais são uma ferramenta para propagar a mensagem de que “juventude é poder”. Através de reality shows, a televisão também contribui para confundir medicina séria com o mundo das celebridades e fazer com que cirurgias e procedimentos sejam sempre vistos de uma forma glamourosa. O resultado disso é que acabam iludindo ao invés de informar e deixam inúmeras dúvidas em relação à área.
Mas afinal, quem não quer se sentir jovem, saudável e bonito? A indústria da beleza e do bem-estar físico cresce exponencialmente a cada ano e mais pessoas procuram métodos de torná-las mais adequadas às tendências do mundo moderno.
“A valorização da estética deixou de ser característica feminina e ganhou também a atenção dos homens. Cada vez mais – e sem medo de admitirem – eles aderiram aos procedimentos e ao uso de cosméticos desenvolvidos especialmente para eles”, diz.
Segurança.
O sucesso de um procedimento começa na escolha do profissional que vai realizá-lo. “Infelizmente, no Brasil, as regras vigentes facilitam a má prática desses procedimentos, sendo invasivos ou não, mas que oferecem risco à saúde e não delimitam o campo de atuação das diferentes profissões na área da saúde”, relata.
“Profissionais de outras áreas que não da medicina ou mesmo médicos não preparados, com o treinamento exigido para tal atuação, se aventuram pela área da ‘estética médica’ sem o preparo exigido para exercê-la de forma ética e segura”, afirma Fernanda.
De acordo com a médica, as propagandas também não são regulamentadas e, sendo assim, prometem milagres, fazendo com que se confunda medicina com salões de beleza. “A consequência disso são resultados estéticos ruins, muita frustração e falta de esclarecimento. E o que é pior: procedimentos estéticos que, além de não proporcionarem ao paciente o resultado esperado, ainda causam deformidades e problemas de difícil tratamento.”
Esses “resultados ilusórios” também são resultado da falta de informação e conscientização dos pacientes que muitas vezes não buscam a qualificação do profissional que realizará o procedimento, colocando assim o resultado do mesmo e acima de tudo – a sua saúde – em risco iminente.
“A importância de escolher um profissional qualificado também está no pós-procedimento ou cirurgia”, destaca. “O diferencial está na qualidade do que o profissional oferece, com a segurança e responsabilidades exigidas para tal. Assim, a fusão entre a abordagem cirúrgica e a estética, aliada à segurança de um médico com a devida experiência e treinamento, é o diferencial que pode, de fato, deixar o cliente com os resultados que ele esperava.”
