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Brasil Senador Renan Calheiros insinua que Michel Temer está sendo chantageado por Eduardo Cunha de dentro da prisão. Os três são do PMDB

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Operação foi autorizada pelo Supremo. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Em almoço com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), reagiu duramente ao que chama de tomada do governo pelo núcleo político ligado ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preso em Curitiba.

Insinuando que o presidente Michel Temer está sendo chantageado, Renan acusou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da comissão da Reforma da Previdência, de ser o porta-voz de Cunha no Planalto e de ter negociado as nomeações do deputado André Moura (PSC-SE) à liderança do governo no Congresso, de Osmar Serraglio para o ministério da Justiça e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para a liderança do governo na Câmara.

O assunto foi discutido na noite de terça-feira (07) em reunião de Renan com a bancada do Senado, junto com o presidente do partido, Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado. O motivo da ira de Renan foi a apresentação de uma carta assinada por Marun e mais três parlamentares pedindo o afastamento de envolvidos na Lava-Jato de cargos de direção do PMDB. A medida afastaria Jucá da presidência do partido. O PMDB cancelou a reunião da Executiva desta quarta-feira (08).

“Há 20 dias, o juiz Sérgio Moro foi solidário com Temer, dizendo que ele estava sendo chantageado e vetando as perguntas de Cunha ao presidente”, disse Renan, completando. “Os últimos sinais emitidos pelo governo com as nomeações mostram que há uma disputa entre o PSDB e o núcleo da Câmara ligado a Eduardo Cunha pelo comando do governo. Os sinais são, de um lado o fortalecimento do PSDB, que é legítimo porque faz uma sustentação importante no governo, e de outro, o fortalecimento do grupo originário da Câmara ligado a Cunha.”

Agora, diz Renan, o próximo passo do grupo liderando por Cunha seria colocar seu ex-advogado e atual sub-chefe de assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, como ministro da Casa Civil no lugar de Eliseu Padilha. Rocha já advogou para Eduardo Cunha.

“Eu disse ao Moreira: fala com o Padilha para voltar imediatamente porque senão o Eduardo Cunha senta lá na cadeira dele o Gustavo Rocha. O Padilha tem que voltar logo, já está sarado”, reclamou Renan.

Renan se irritou com a iniciativa de Marun, que encaminhou a carta à direção do partido, pedindo uma reunião da Executiva para analisar uma moção de afastamento dos indiciados na Operação Lava-Jato.

“IMAGINA O PMDB SER COMANDADO PELO MARUN?”

Renan acredita que o encontro de Marum com Eduardo Cunha, no presídio em Curitiba, no mês de março, levou às indicações de Temer, em privilégio de pessoas ligadas ao ex-presidente da Câmara.

“Depois de avançar no governo, essa gente vai avançar sobre o partido. O partido é a próxima etapa. Essa carta do Marun veio depois da conversa que ele teve lá com o Cunha em Curitiba e agora age como seu porta-voz. Isso é tão óbvio! Imagina, o PMDB, que tem um papel histórico, ser comandado pelo Marun?”, acusou Renan.

Agora, diz Renan, o próximo passo do grupo liderando por Cunha seria colocar seu ex-advogado e atual sub-chefe de assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, como ministro da Casa Civil no lugar de Eliseu Padilha. Rocha já advogou para Eduardo Cunha.

“Eu disse ao Moreira: fala com o Padilha para voltar imediatamente porque senão o Eduardo Cunha senta lá na cadeira dele o Gustavo Rocha. O Padilha tem que voltar logo, já está sarado — reclamou Renan. Calheiros se irritou com a iniciativa de Marun, que encaminhou a carta à direção do partido, pedindo uma reunião da Executiva para analisar uma moção de afastamento dos indiciados na Operação Lava-Jato. (AG)

 

 

 

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