Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de março de 2018
Um norte-americano decidiu enfrentar a crescente onda de violência em escolas dos Estados Unidos de uma forma polêmica: Joshua Mcdonald, de 26 anos, comprou um revólver calibre 22 para a filha, Adrianna, de 8 anos. O objetivo é que a menina tenha condições de se defender no caso de um ataque à sua escola, em Tilton (New Hampshire, EUA).
Joshua tem levado a filha para praticar tiro todo fim de semana. Em reportagem do jornal “Metro”, o norte-americano afirmou que a menina manipula de forma segura o revólver.
“Recentemente, New Hampshire aprovou uma lei de porte de arma que requer apenas uma simples permissão para manter sua pistola na bolsa. Minha filha já quer pôr a dela na bolsa. Ela fica ansiosa para atirar”, declarou Joshua.
O norte-americano postou fotos em redes sociais mostrando a menina empunhando o revólver com que fora presenteada. A mãe, Kayla, apoia a filha armada em sala de aula.
“Com ataques a tiros se tornando tão comuns nos últimos anos, queremos [ele e a mãe da menina] que ela esteja preparada para se defender da melhor forma possível com uma arma de fogo”, disse o pai, que é contrário à proibição da venda do fuzil AR-15, o mesmo usado em massacres em escolas norte-americanas.
Segundo Joshua, a filha começou a intimidade com armas usando pistolas de ar comprimido. Ele escolheu um revólver 22 por ter um “coice” mais suave. Adrianna agora se prepara para ir caçar com o pai, uma tradição familiar.
“Deixar nossas crianças assustadas com armas não vai ajudar. Pode ser que o seu filho seja aquele que vai salvar toda a escola de um massacre”, declarou o operário.
Washington
Na última terça-feira (20), um tiroteio registrado em um colégio do Ensino Médio em Maryland, a pouco mais de uma hora de Washington, deixou duas pessoas feridas. O atirador morreu.
Segundo o xerife do condado de St. Mary, Tim Cameron, três pessoas, entre eles o próprio atirador, foram levados em estado grave para um hospital da região. Pouco depois, o xerife informou a morte do agressor, que não resistiu aos ferimentos. “Um único atirador abriu fogo contra uma mulher logo no início das aulas esta manhã”, informou Tim Cameron, indicando que o agressor confrontou logo em seguida um agente de segurança da escola. Segundo a CNN, uma das vítimas, uma jovem de 16 anos, continuava em estado grave de saúde nesta quinta-feira (22). Segundo a polícia, o atirador tinha um relacionamento com a jovem que havia terminado recentemente.
O incidente aconteceu cinco semanas depois que um jovem de 19 anos, armado com um rifle semiautomático, invadiu um colégio de Parkland, na Flórida. A ação provocou as mortes de 14 estudantes e três adultos.
Este massacre provocou uma grande onda de indignação nos Estados Unidos contra as leis que permitem o acesso facilitado a armas de grande calibre. Estudantes de todo país pretendem organizar uma manifestação em 24 de março para exigir a aprovação de medidas mais rígidas para a compra de armas.