Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de janeiro de 2019
O delegado Igor de Paula, que coordenou a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR), foi nomeado para assumir a Dicor (Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado) da PF (Polícia Federal). A nomeação foi publicada nesta quinta-feira (17) no Diário Oficial da União.
O cargo é considerado um dos mais importantes na hierarquia nacional da Polícia Federal. A diretoria que será comandada por Igor de Paula investiga os casos de corrupção em Brasília. Ele assume o cargo no lugar do delegado Elzio Vicente da Silva.
Sérgio Moro
O ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, afirmou na terça-feira (15), em entrevista, que não há “movimento” na pasta para a flexibilização do porte de armas no País. O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para facilitar a posse de armas.
O direito à posse é a autorização para manter uma arma em casa ou no local de trabalho (desde que o dono da arma seja o responsável legal pelo estabelecimento). Para andar com a arma na rua, é preciso ter direito ao porte, cujas regras são mais rigorosas e não foram tratadas no decreto.
Questionado sobre o que o governo pretende fazer em relação ao porte de armas, Moro respondeu: “Eu confesso que fiquei concentrado sobre os aspectos de posse e não existe dentro da minha pasta nenhum movimento nesse sentido, envolvendo a questão do porte de armas. É uma situação diferente e, se houver alguma proposição nesse sentido, tem que ser muito bem estudada. Este é um tema muito delicado”, declarou Moro.
Na avaliação do ministro da Justiça, o decreto assinado pelo presidente Bolsonaro é “ponderado” e “moderado” e, mesmo facilitando a posse de armas, prevê uma “flexibilização limitada” das regras. Sérgio Moro afirmou ainda que a decisão do governo de flexibilizar a posse respeita quem quer ter uma arma em casa para se sentir mais seguro e também quem não quer, porque “ninguém é obrigado” a ter uma arma a partir de agora.
“Tem gente que não quer ter arma em casa, perfeito. Ninguém é obrigado a ter uma arma em casa, mas [o decreto] respeita a opinião daquelas pessoas, em um tema controvertido, que entendem que, com isso, elas se sentem mais seguras, têm a possibilidade de, eventualmente, reagir em uma circunstância extrema”, afirmou.
Sobre a prisão do ex-presidente Lula, Moro destacou: “Há um álibi falso de perseguição política. Ou seja, existem os fatos, e o fato é que a Petrobras, durante o governo do ex-presidente, foi saqueada e em um volume sem paralelo no mundo. Vejam que a própria Petrobras reconheceu desvios R$ 6 bilhões. Para onde foi esse dinheiro? Foi para exatamente enriquecer ilicitamente diversos agentes públicos que faziam parte daquele governo. E uma parcela do dinheiro foi para beneficiar pessoalmente o ex-presidente. Esse álibi parte do pressuposto de que o escândalo não aconteceu, quando aconteceu debaixo das barbas do ex-presidente”.