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Brasil Um em cada três moradores do Rio já esteve no meio de um tiroteio no último ano, diz a pesquisa Datafolha

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Pesquisa aponta que 73% dos moradores do Rio gostariam de deixar a cidade por causa da violência. (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa do Datafolha, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que um em cada três moradores do Rio de Janeiro já ficou em meio a um tiroteio nos últimos 12 meses. E que 92% dos entrevistados teme morrer em um assalto, em uma troca de tiros ou por bala perdida. A pesquisa vai ser divulgada nesta segunda-feira (2), no site do instituto de pesquisa.

Antecipada pelo jornal “Folha de São Paulo”, a pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 22 de março, com 1.012 moradores da cidade. Entre os ouvidos, 73% dos moradores disseram ter vontade de deixar a cidade por causa da violência.

A percepção da violência por parte da polícia é mais sentida pelos moradores de favela que de outras áreas da cidade. Ou seja, 78% dos moradores de favela têm medo da violência da PM (Polícia Militar) e 71% da violência da Polícia Civil, enquanto 77% temem ser acusados de algum crime e 81% de que o filho seja preso injustamente.

Dentre os cariocas, 73% relataram já ter ouvido algum tiroteio. Sendo que 84 % temem assalto, morrer assassinado, ser vítima de fraude, ter celular roubado ou a casa invadida. Cerca de 39% teme morrer em um fogo cruzado entre a polícia e criminosos e 30% já se viram no meio de um confronto.

A maioria dos ouvidos (76%) aprova a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, mas 71% acredita que ela de pouco adiantou para aplacar a violência na cidade. Dentre os que são contra a intervenção, 35% já ficaram no meio de um tiroteio entre policiais e criminosos, enquanto que entre os que são a favor da ação dos militares, 29% já estiveram nessa situação.

A violência é mais percebida pela população negra. Ou seja, 80% dos negros têm medo de andar pela vizinhança à noite. Setenta e quatro por centro temem ser acusados de um crime e 72% temem a violência da polícia.

As mulheres são as que vivem mais assustadas. Elas temem principalmente as agressões sexuais (88%) e evitam ou não gostam de andar à noite pela vizinhança (75%).

Intervenção federal

Com a escalada de crimes, o estado do Rio está sob intervenção federal na segurança pública desde 16 de fevereiro. A intervenção foi decretada pelo presidente Michel Temer (MDB), que escolheu o general do Exército Walter Braga Netto como interventor.

Violência

O Rio é a capital com maior número absoluto de crimes violentos do País – foram 1.446 assassinatos em 2016. Proporcionalmente, contudo, a cidade é a 21ª capital mais perigosa, com taxa de 22,6 mortes por 100 mil habitantes.

O mesmo índice, por exemplo, é três vezes maior em Aracaju (66,7), a campeã em crimes violentos intencionais letais no Brasil, seguida de Belém, Rio Branco e Macapá.

Os dados frios de assassinatos, porém, escondem uma série de meandros que fazem com que a sensação de insegurança ganhe grandes proporções no Rio.

Assim como em outras capitais violentas, morre-se mais na periferia do que nas regiões centrais. No entanto, agravam o medo a geografia acidentada, que faz bairros turísticos e violentos viverem lado a lado, e o constante fechamento de vias expressas por onde trafega a maioria dos moradores.

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