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Ciência Um grupo de cientistas conseguiu observar a colisão entre duas estrelas de nêutrons

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Pesquisadores definiram o evento como "um dos mais violentos do Universo". (Foto: Reprodução)

Um grupo internacional de cientistas anunciou, nessa segunda-feira, a descoberta de um fenômeno astrofísico nunca antes observado: a colisão de um par de estrelas de nêutrons, produzindo ondas gravitacionais e uma explosão luminosa 1 bilhão de vezes mais brilhante que o Sol.

Conforme os pesquisadores, pela primeira vez um evento cósmico foi observado ao mesmo tempo a partir da luz e das ondas gravitacionais por ele produzidas. O anúncio foi feito na sede do ESO (Observatório Europeu do Sul, na tradução da sigla para o português) em Garching, na Alemanha, e também no Observatório do Paranal, operado pelo mesmo sistema no deserto de Atacama, no Chile.

“O que é incrível nessa descoberta é que pela primeira vez temos um quadro completo de um dos eventos mais violentos e cataclísmicos do Universo. Esse foi o mais intenso trabalho de observação que já foi feito”, afirmou o diretor-executivo do ESO, Dave Reitze, durante o evento na Alemanha.

Definição

As estrelas de nêutrons são as menores e mais densas estrelas conhecidas. Elas podem ter apenas cerca de 20 quilômetros de diâmetro, mas o seu interior é tão denso que uma colher de chá desse material tem a massa de um bilhão de toneladas.

Previstas em 1915 pelo cientista alemão Albert Einstein (1879-1955), as ondas gravitacionais surgem quando corpos muito grandes e acelerados produzem distorções no “tecido” que compõe o espaço-tempo, de maneira semelhante às ondulações produzidas por uma pedra atirada na água.

As ondas gravitacionais só foram observadas em 2015, no Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria, a partir da fusão entre dois buracos-negros em galáxias distantes. O feito rendeu o Prêmio Nobel da Física de 2017 ao alemão naturalizado norte-americano Rainer Weiss e aos norte-americanos Barry Barish e Kip Thorne, que coordenaram a construção do centro de pesquisa.

Depois da primeira observação no fim de 2015, as ondas gravitacionais foram captadas mais três vezes – mas como a fusão dos buracos negros não produz nenhuma luz, o fenômeno é completamente invisível para os telescópios ópticos. Desta vez, portanto, os cientistas conseguiram não apenas “ouvir”, mas também enxergar a violenta trombada dos corpos que produziram as ondulações no espaço tempo.

A sequência extraordinária de eventos observada pelos cientistas começou com os dois detectores gêmeos do Ligo – localizados na Luisiânia e em Washington, nos Estados Unidos. Eles capturaram os tremores no espaço-tempo produzidos pela fusão das duas estrelas de nêutrons a 130 milhões de anos-luz da Terra.

Um alerta foi acionado para astrônomos de vários lugares do mundo. Em algumas horas, mais de 70 telescópios – na Terra e no espaço – estavam observando o brilho da explosão. Quando as estrelas de nêutrons colidiram, elas emitiram uma intensa explosão de raios gama e expeliram uma grande quantidade de materiais que, naquelas condições, se transformaram elementos pesados, como ouro, platina e urânio.

Os cientistas já suspeitavam que as colisões de duas estrelas de nêutrons poderiam ser violentas o suficiente para criar os elementos mais pesados, mas não só agora esse tipo de fenômeno foi de fato observado e confirmado.

 

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