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Mundo Um juiz indiciou a ex-presidente argentina Cristina Kirchner e os seus filhos por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

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Governo teme que pedido de prisão da vice impeça recuperação econômica após troca de ministro. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Nessa segunda-feira, o juiz Julián Ercolini indiciou a ex-presidente da Argentina e atualmente senadora Cristina Kirchner, 65 anos, e os seus filhos Máximo e Florencia Kirchner por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Eles são alvo de um processo por supostas irregularidades na contratação de obras públicas por meio da empresa familiar Hotesur.

O magistrado também processou Romina Mercado – sobrinha da parlamentar – e o empreiteiro Lázaro Báez, já em prisão preventiva desde 2016 por outra ação, e ordenou contra todos eles embargos sobre quantias de até 800 milhões de pesos (cerca de US$ 32 milhões) para cada um.

Esse é o quinto indiciamento judicial para Cristina (que governou o país de 2007 a 2015), com o qual se busca saber se a família da ex-presidente recebeu pagamentos de empresários de obras públicas por meio da contratação de quartos de um hotel administrado pela Hotesur, empresa com participação de Cristina e seus dois filhos.

Ercolini já interviu na companhia hoteleira em março deste ano, quando disse que havia sido “uma das pessoas jurídicas por meio das quais a família Kirchner teria recebido periodicamente dinheiro obtido mediante a fraudação contra o Estado argentino”.

Em novembro de 2017, a ex-governante prestou depoimento por esse caso e negou todas as acusações. Na oitiva, ela alegou que a atividade da empresa familiar tinha sido plenamente legal; além de ter denunciado que sua situação judicial se devia a interesses do oficialismo. O conhecido como “Caso Hotesur” começou em novembro de 2014 por uma denúncia da então deputada nacional Margarita Stolbizer.

Atentado

Cristina Kirchner também foi indiciada – e com uma ordem de detenção que não foi efetivada por ter privilégios parlamentares – pelo suposto acobertamento dos iranianos suspeitos de cometer um atentado contra o prédio da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), uma entidade judaica de Buenos Aires, em 1994.

Ocorreu no dia 18 de julho daquele ano, matando 85 pessoas e ferindo centenas de outras. Segundo a imprensa da Argentina, trata-se do atentado mais mortal já realizado no país, lar de uma comunidade judaica de 230 mil pessoas – a maior da América Latina e sexta do mundo fora de Israel.

Ao longo dos anos, o caso foi marcado por acusações de encobrimentos. Todos os suspeitos da “conexão local” (entre eles, muitos membros da Polícia Provincial de Buenos Aires) não foram culpados em um julgamento de setembro de 2004.

Em agosto do ano seguinte, o juiz federal Juan José Galeano, encarregado do caso, foi acusado e retirado de seu cargo por uma acusação de irregularidades “graves” devido à manipulação incorreta da investigação. O cardeal Jorge Mario Bergoglio, que em 2013 se tornaria o papa Francisco, foi a primeira personalidade pública a assinar uma petição judicial no caso do atentado. Ele foi um dos signatários em um documento chamado “85 vítimas, 85 assinaturas” como parte do 11º aniversário do bombardeio.

Em 25 de outubro de 2006, os procuradores argentinos Alberto Nisman e Marcelo Martínez Burgos acusaram formalmente o governo do Irã de planejar o bombardeio e a milícia do Hezbollah de realizá-lo. Conforme os pedidos da promotoria em 2006, a Argentina foi alvo do país árabe após a decisão de Buenos Aires de suspender um contrato de transferência de tecnologia nuclear para Teerã.

A hipótese foi contestada porque o contrato nunca foi encerrado e o Irã e a Argentina estavam negociando o restabelecimento da plena cooperação em todos os acordos desde o início de 1992 até 1994, quando ocorreu o ataque à sede da Amia.

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