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Por Redação O Sul | 13 de abril de 2018
O Museu da Guerra no Mar de Jutland, na Dinamarca, anunciou nessa sexta-feira a descoberta de um submarino nazista afundado a 123 metros da superfície perto da costa do país europeu.
Trata-se do submarino U-3523, que acabou atingido por bombas de profundidade lançadas por um avião britânico em 6 de maio de 1945, já no fim da 2ª Guerra Mundial. No dia anterior ao ataque, as tropas nazistas na Dinamarca, Holanda e norte da Alemanha haviam se rendido aos Aliados. Portanto, o U-3523 não estava mais em patrulha de guerra e talvez estivesse empreendendo uma fuga.
Esse submarino é de uma classe nova e altamente avançada, a XXI, que poderia ter revolucionado a guerra submarina se suficientes deles tivessem sido concluídos no devido tempo. Ao todo, os nazistas conseguiram produzir 118 unidades, mas apenas duas entraram em serviço, e nenhum deles jamais entrou em combate.
Depois da guerra, como informa o museu, houve muitos rumores sobre importantes nazistas que teriam fugido em submarinos levando ouro consigo, e o U-3523 alimentou esses boatos.
O tipo XXI foi o primeiro submarino com capacidade de navegar submerso por um tempo prolongado e alcance que lhe permitiria navegar sem escalas da Europa até a América do Sul. Mas ninguém sabe, se este era o destino do submarino agora encontrado, e ninguém sabe, se o U-boat tinha objetos de valor ou passageiros a bordo, além da tripulação.
“Quando chega este dia e as sirenes soam fico todo arrepiado”, disse à Agência Efe Yaakov Hazon, segundos depois de a sirene desligar e a rua de Yafa recuperar sua agitação normal.
“E nesses minutos penso naquele genocídio em massa e em toda essa gente que não chegou a conhecer Israel”, lamentou Hazon.
Às dez da manhã, Israel parou: os ônibus e carros pararam em ruas e estradas, alguns motoristas permaneceram dentro dos veículos e outros saíram em atitude coletada.
Alguns transeuntes se emocionaram, outros rezaram e muitos filmaram com seus telefones.
Décadas depois da libertação dos campos de extermínio nazista, o Dia de Lembrança do Holocausto é marcado com solenidade em Israel; na tarde anterior, lojas, restaurantes e comércio em geral fecham e durante 24 horas a televisão e a rádio transmitem programas relacionados com a Shoah (Holocausto em hebraico).
A data é lembrada no mesmo dia em que aconteceu a revolta do gueto de Varsóvia, a rebelião judia malsucedida contra os nazistas da Polônia ocupada de 1943 para impedir a transferência do que restava da população para o campo de extermínio de Treblinka.
Aquela revolta teve um papel importante na subsequente identidade judaica e israelense, que desenvolveu então o princípio de que nunca mais os judeus ficariam indefesos frente à aniquilação.
Ao longo do dia haverá cerimônias por todo o país, em escolas, instituições públicas e bases militares.
A maioria dos colégios incluem nos seus atos a presença de algum dos 200 mil sobreviventes que ainda restam em Israel e que lhes relatam a sua história.