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Mundo Uma substância neurotóxica usada para envenenar um ex-espião russo foi achada no restaurante onde ele almoçou

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Sergei e Yulia foram encontrados duas horas depois da refeição, inconscientes. (Foto: reprodução)

Vestígios da substância neurotóxica usada contra o ex-espião russo Sergei Skripal e a filha dele, Yulia, foram encontrados no restaurante Zizzi, em Salisbury, no sudeste da Inglaterra, onde os dois almoçaram no dia 3 de março. Sergei e Yulia foram encontrados duas horas depois da refeição, inconscientes, num banco em frente ao shopping onde fica o restaurante. Os dois estão em estado grave.

 O vestígio da substância foi achado na perícia forense em uma parte do Zizzi, segundo apuração da BBC. O estabelecimento está interditado, assim como outras lojas próximas ao local. O produto usado na tentativa de assassinato integra o grupo de “agentes nervosos”- altamente tóxicos, que bloqueiam o sistema nervoso e interrompem as funções vitais do organismo

Nenhuma outra pessoa que esteve no restaurante no mesmo momento que Skripal apresentou reações. Mas um policial que socorreu o ex-espião está em estado grave no hospital. O banco onde Skripal e Yulia estavam está sendo examinado detalhadamente, assim como a casa do ex-espião, o pub local que ele frequentava e o cemitério onde a esposa e o filho dele estão enterrados.

Mais de 230 oficiais de contra-terrorismo estão envolvidos na investigação, que já identificou 240 testemunhas e 200 objetos que podem servir como evidências.

 Mais cedo, a ministra do interior do Reino Unido, Amber Rudd, elogiou o profissionalismo e a “rapidez” da polícia. Ela disse que o governo está usando “vastos recursos” para tentar identificar os responsáveis pela tentativa de assassinato.

 “A investigação visa garantir que as pessoas estejam em segurança e também coletar todas as evidências, para que tenhamos absoluta certeza da autoria”, afirmou. Rudd também afirmou que a polícia está analisando “quantidade relevante” de imagens captadas pelas câmeras de segurança da cidade.

O policial Nick Bailey, que se intoxicou ao prestar socorro a Skripal e Yulia, continua em estado grave, no hospital, mas está consciente e em contato com familiares.

Em nota à imprensa, ele disse que “não se considera um herói” e que estava “simplesmente fazendo o seu trabalho”.

Joe Riddle, editor do jornal local de Salisbury, disse que alguns moradores estão assustados, mas que a maioria está “mais interessada em descobrir o que aconteceu” e “frustrada” por não estarem sendo informadas sobre o andamento das apurações.

Ele também disse à BBC que há muitas manifestações de apoio, na cidade, ao policial internado.

Como parte da investigação, 180 militares foram deslocados a Salisbury para remover veículos e objetos que possam estar contaminados. O efetivo inclui membros do Exército e da Marinha, além de oficiais treinados a lidar com armas químicas.

No sábado, policiais fizeram uma perícia no cemitério onde Luidmila Skripal, a esposa do ex-espião, e o filho deles, Alexander Skripal, estão enterrados.

Ex-militar russo e ex-agente de inteligência, Sergei Skripal, de 66 anos, foi condenado em 2006, na Rússia, por repassar à inteligência britânica informações sobre a identidade de espiões que atuavam na Europa. Em 2010, ele foi liberado e embarcou para a Inglaterra, após um acordo de troca de espiões entre Rússia e Reino Unido. Desde então, Skripal passou a morar em Salisbury. A filha, Yulia, atualmente morava em Moscou e estava visitando o pai.

Skripal já tinha perdido a mulher, diagnosticada com câncer em 2012, e o filho, que teve uma “falência repentina do fígado” no ano passado, quando passava férias com a namorada em São Petersburgo.

A Rússia tem negado envolvimento na tentativa de assassinato. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, disse que o país responderá de forma “robusta” se comprovar que Moscou orquestrou o atentado.

Se ficar comprovado que a Rússia teve participação na tentativa de assassinato, um dos objetivos do governo Putin terá sido enfraquecer a cooptação de agentes russos pela inteligência britânica, avalia o repórter Gordon Corera da BBC, que escreve sobre segurança.

Segundo Corera, o MI6, departamento britânico que lida com ameaças externas, depende de agentes como Skripal para obter informações sobre operações de espionagem promovidas por outros países no Reino Unido. A instituição sempre se orgulhou de ser capaz de manter a identidade dos colaboradores em segredo, para protegê-los. O envenenamento de Skripal abala esta imagem.

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