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Mundo Uma universidade japonesa manipulou os resultados do vestibular para diminuir a aprovação feminina

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Universidade quis limitar acesso de mulheres. (Foto: Reprodução)

O ministro da Educação do Japão condenou nesta sexta-feira (3) o escândalo que atingiu o país após a imprensa local relatar que a Universidade de Medicina de Tóquio supostamente fraudou as pontuações obtidas pelos alunos no vestibular para diminuir a quantidade de mulheres aprovadas.

“Estamos pedindo [à Universidade de Medicina de Tóquio] para investigar e relatar o mais rápido possível como os exames de admissão foram praticados e se foram feitos corretamente”, disse o ministro Yoshimasa Hayashi em entrevista coletiva. “Vamos esperar pelo relatório e considerar como reagiremos. Em geral, a seleção discriminatória injusta de participantes para as mulheres é totalmente inaceitável.”

Segundo o jornal japonês Yomiuri Shimbun, a universidade vinha rebaixando as pontuações das candidatas no exame desde 2011. Uma fonte que pertence à instituição e não quis se identificar informou que a prática foi motivada por uma crença entre a comunidade médica de que as mulheres abandonam a profissão para se casar ou dar à luz, deixando os hospitais com falta de funcionários.

Em 2010, 40% dos candidatos aprovados eram mulheres, segundo a publicação. No primeiro ano de implantação das fraudes, o número caiu para 30%. Agora, em 2018, apenas 18% dos que foram aceitos na instituição pertenciam ao sexo feminino, apesar de as mulheres representarem 39% do total de candidatos.

“Estamos investigando para determinar se esse caso aconteceu”, disse um porta-voz da universidade à emissora americana CNN. “Estamos planejando uma conferência de imprensa quando pudermos compartilhar os fatos. Mas ainda não sabemos quando será.”

A notícia provocou indignação nas mídias sociais e na comunidade médica. A presidente da Associação Médica de Mulheres do Japão, Yoshiko Maeda, disse que “é absolutamente inaceitável que os estudantes do sexo feminino sejam privados de uma oportunidade de educação apenas porque são mulheres”

Ela adicionou que não seria surpreendente se outras universidades fizessem o mesmo, uma vez que o Japão não obriga instituições de ensino privadas a aplicar provas para aceitar alunos.

Campanha para homens usarem guarda-chuva

As autoridades de uma região do Japão onde há uma semana foi registrada a temperatura mais alta da história do país decidiram lançar uma campanha para incentivar os homens a usar guarda-chuvas. Na cidade de Kumagaya, na prefeitura de Saitama, no centro do país, foi registrada em 23 de julho o recorde histórico de 41,1 graus, e embora a onda de calor persista, os registadores de temperatura baixaram um pouco estes dias. A fim de zelar pela saúde dos moradores, o governador de Saitama, Kiyoshi Ueda, compareceu hoje perante os jornalistas, com um guarda-chuva na mão, para lançar uma campanha a fim de encorajar os homens da prefeitura para usarem guarda-chuvas. “Faz uma grande diferença”, acrescentou o governador em declarações coletadas pela agência local “Kyodo”.

E a fim de fomentar o uso dessas sombrinhas, que quase exclusivamente são usadas no Japão por mulheres, a prefeitura as distribuirá entre funcionários municipais para divulgar o quão efetivos são para se proteger da onda de calor. Já no ano passado, quando a cidade sofria com temperaturas parecidas, as autoridades locais criaram grupos de homens provistos de guarda-chuvas que viajavam em transportes públicos para combater a ideia que só pode ser usado por mulheres. Fontes da prefeitura disseram à Efe que, se no ano passado eram 20 os funcionários que se protegiam publicamente com guarda-sol, neste ano serão mais de cem, e as conclusões tiradas serão analisadas a partir deste mês.

Com esta campanha, a prefeitura de Saitama quer encorajar outras, como a de Tóquio, para convencer os homens de todo o país que se proteger do sol com um guarda-chuva não é um tema reservado às mulheres.

Na semana em que os registadores de temperatura chegaram a níveis recorde, em todo Japão morreram 65 pessoas pela onda de calor e mais de 22 mil tiveram que ser atendidas pelos efeitos perante as altas temperaturas.

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https://www.osul.com.br/uma-universidade-japonesa-manipulou-resultados-para-diminuir-a-aprovacao-feminina/ Uma universidade japonesa manipulou os resultados do vestibular para diminuir a aprovação feminina 2018-08-03
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