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Saúde Universidade brasileira comprova que o leite é capaz de reduzir a quantidade de chumbo no organismo

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Pesquisadores avaliaram 237 funcionários de indústrias. (Foto: AG)

Uma pesquisa da Faculdade de Farmácia da USP em Ribeirão Preto (SP) comprova que o leite é capaz de diminuir a quantidade de chumbo no organismo e, consequentemente, reduzir o nível de intoxicação em profissionais que atuam com esse tipo de metal.

A descoberta pode resultar em um novo modelo de tratamento em seres humanos, mas o farmacêutico e pesquisador William Robert Gomes alerta que a ingestão de leite não substitui o uso de equipamentos de proteção, principal aliado na prevenção.

“O chumbo pode levar até à morte se não houver um tratamento adequado e não houver um exame periódico para detectar essas concentrações altas. O leite deve ser um auxílio para evitar que essas concentrações subam a um nível extremo”, explica.

Ao contrário de estudos anteriores, feitos com animais de laboratório ou populações expostas ambientalmente a baixas concentrações do metal, desta vez avaliaram 237 funcionários de indústrias produtoras de baterias automotivas brasileiras. Conta Willian Robert Gomes, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP e responsável pela pesquisa, que estes indivíduos são “expostos ao chumbo por períodos longos, já que alguns passam anos trabalhando com o metal”.

O estudo avaliou esses funcionários e comprovou que aqueles que consumiam leite e derivados ao menos três vezes por semana tinham menos concentração do metal no organismo.

Gomes afirma que o principal responsável pelo resultado é o cálcio, que pode agir como uma espécie de protetor, expulsando o chumbo do corpo e, principalmente dos ossos, onde pode se acumular e permanecer por até 30 anos.

O metal tem ainda o poder de acumular-se em tecidos ósseos, e mesmo que a exposição tenha cessado, pode se deslocar pela corrente sanguínea durante algum processo de remodelação dos ossos, como a osteoporose.

“O cálcio e o chumbo têm uma estrutura um pouco parecida, então, quando os dois estão juntos, há uma competição, onde o cálcio pode deslocar o chumbo do organismo e ele pode ser eliminado mais facilmente”, diz.

Ainda segundo o pesquisador, a alta concentração de chumbo no corpo humano altas pode causar problemas neurológicos, doenças no coração, nos rins, no estômago e ainda alterações no sangue.

Além de ser usado na indústria automotiva, esse tipo de metal está presente na construção civil, produção de vidro e pigmentação de tintas. O pintor Candido Portinari (1903-1962), por exemplo, morreu em decorrência de intoxicação por chumbo que havia nas tintas usadas em suas obras.

“Na verdade, a melhor prevenção ainda é o uso de equipamentos de proteção, como luvas, máscaras, o leite seria apenas um auxílio para oferecer uma vida melhor. Mas, a prevenção ainda é o melhor remédio”, afirma Gomes. (AG)

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