O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar os fatos ocorridos no município de Quedas do Iguaçu, região Oeste do Paraná, onde ocorreram as mortes de dois integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) durante um confronto com a PM (Polícia Militar), na última quinta-feira. A Polícia Civil e a PM do Estado também investigam o caso.
As duas pessoas que perderam a vida são os trabalhadores rurais Vilmar Bordim, 44 anos, e Leomar Bhorbak, 25. Ambos eram do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado na fazenda da empresa de celulose Araupel.
Um dos depoimentos iniciais tomados pela Polícia Civil aponta que o primeiro tiro no confronto teria partido de um integrante do MST. A afirmação foi feita por Pedro Francelino, 33, membro do MST e um dos dois presos após a situação. A polícia também prendeu Henrique Gustavo Souza Pratte, 27.
O MST pediu a punição imediata dos policiais militares responsáveis pelas mortes. A PM afirmou, em nota, que sofreu uma emboscada. “Mais de 20 pessoas do MST estavam no local e começaram a disparar contra as equipes da PM, que reagiram ao ataque”, diz o comunicado. O MST sustenta que os trabalhadores rurais é que foram vítimas de emboscada.