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30% dos remédios vendidos no Brasil são genéricos

Preço e confiança encantaram consumidor. Foto: Marcelo Justo/Folha Imagem

Os genéricos, que estão conquistando participação cada vez mais expressiva no mercado farmacêutico brasileiro, bateram recorde no terceiro trimestre. Com 30% das vendas em volume, essa classe de medicamento registrou a maior fatia alcançada no varejo nacional de fármacos, segundo pesquisa da PróGenéricos, com base em indicadores do IMS Health. Há um ano, o percentual de vendas era 27,8% e, há dois anos, de 27,6%.

A presidenta-executiva da PróGenéricos, Telma Salles, disse que o pressuposto maior do medicamento genérico é o acesso. A substituição de outras marcas, a crescente confiança nesses fármacos, o preço e o avanço no número de registros, 255 entre 2010 e 2015, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), explicam o fato dos genéricos terem assumido o papel de motor no processo de crescimento da indústria farmacêutica no País, conforme a dirigente da entidade.

No terceiro trimestre, as vendas em volume de genéricos tiveram alta de 10,7% na comparação anual para 254,3 milhões de unidades. Ao mesmo tempo, o mercado total de fármacos cresceu 6,2% para 872,6 milhões de unidades. Sem considerar os genéricos, porém, a taxa cairia a 4,5%. Em receita, os negócios do segmento no trimestre subiram 21% para 5,2 bilhões de reais.

Ainda em setembro, a segunda maior fabricante de genéricos do País em unidades, a Hypermarcas, assumiu a liderança do mercado total de medicamentos no Brasil. No acumulado do ano até setembro, a companhia comercializou 329,4 milhões de unidades, alta de 12,54%. Embora os índices dos genéricos saltem aos olhos, especialmente neste momento de retração da economia brasileira, o desempenho da indústria está abaixo do esperado e sente os reflexos da crise, conforme Telma. No início do ano, a expectativa era de um aumento médio de vendas de 15%. (AG)

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